Já são 5 mortes causadas por metanol em SP
Cinco pessoas perderam a vida em São Paulo após intoxicação por metanol. As vítimas são quatro homens e uma mulher, com idades entre 23 e 54 anos. A confirmação veio do governo paulista na tarde desta quarta-feira (8), que também informou a existência de novos casos sob investigação.
Três das vítimas eram moradores da capital paulista, uma mulher de 30 anos residia em São Bernardo do Campo e um homem de 23 anos era de Osasco. Além das mortes confirmadas, há 15 casos de intoxicação registrados e outros 181 em investigação. Também foram notificadas seis mortes que ainda passam por análise.
A cidade de São Paulo concentra a maioria dos casos confirmados, com 16 ocorrências. Osasco, São Bernardo do Campo, Itapecerica da Serra e Guarulhos registraram um caso cada. As autoridades de saúde reforçam que a ingestão de bebidas adulteradas pode causar danos irreversíveis, incluindo cegueira e morte.
Na quarta-feira, equipes da Vigilância Sanitária interditaram um estabelecimento na zona leste da capital por condições sanitárias inadequadas. O local possuía alimentos vencidos e bebidas alcoólicas suspeitas. Seis garrafas foram apreendidas para análise laboratorial.
De acordo com o governo, 12 estabelecimentos já foram interditados e 23 locais fiscalizados. A operação envolve a Vigilância Sanitária Estadual, as vigilâncias municipais, o Procon e a Polícia Civil, que trabalham em conjunto para retirar do mercado produtos contaminados e identificar os responsáveis pela adulteração.
A Secretaria da Fazenda e Planejamento suspendeu preventivamente a inscrição estadual de seis distribuidoras e dois bares. O objetivo é impedir a continuidade das atividades até a conclusão das investigações.
As autoridades reforçam que os consumidores devem evitar bebidas sem rótulo ou de procedência duvidosa e denunciar locais suspeitos. O metanol, usado indevidamente em bebidas, é altamente tóxico e não deve ser ingerido.
A população é orientada a comprar apenas produtos com selo de fiscalização e embalagens lacradas. O caso acende um alerta sobre a importância da fiscalização contínua e da conscientização coletiva para evitar novas tragédias.