Categoria: Conto

À medida que o sol se despedia e a noite tomava conta das ruas tranquilas, uma varanda iluminada passava a ser o ponto central de atenção de toda a vizinhança. Não era apenas a luz que atraía olhares, mas o mistério dos encontros que ali aconteciam em silêncio,

Na penumbra suave de uma cafeteria, onde o aroma de grãos recém-moídos se mistura ao burburinho discreto de conversas, nasce uma história feita de detalhes quase invisíveis.

Havia um tempo em que tudo parecia perdido. Cercado por dúvidas, dores e frustrações, ele sentia que havia caído no ponto mais profundo de sua existência um lugar escuro, silencioso, onde até a esperança parecia ter partido.

Nos lugares onde tudo parecia perdido, onde os sonhos se partiram como vidro no chão, algo silencioso e poderoso começou a nascer: a esperança. Ela brota entre os escombros da dor, nos cantos esquecidos da alma, onde ninguém mais acreditava que algo poderia florescer.

O despertador tocou como em todos os outros dias, mas naquele tudo parecia mais difícil. Os olhos pesavam, o corpo doía e a alma parecia exausta. João encarava o teto do quarto como se buscasse ali uma resposta que não vinha.

Nem sempre os ventos sopram a favor, mas há quem escolha abrir as asas mesmo em meio à tempestade. A vida de quem supera adversidades não é marcada pela ausência de dor, e sim pela persistência em continuar, passo após passo, acreditando que é possível voar apesar do peso nos ombros. Essa é a história de quem, diante do impossível, encontrou força no invisível e coragem no improvável.

Existem momentos em que a vida parece nos arrancar o chão, quando tudo aquilo que construímos desmorona diante dos nossos olhos. Foi assim que me senti: perdido entre os escombros do que um dia chamei de lar, futuro e identidade. A falência do meu negócio, o fim de um relacionamento de anos e a morte inesperada do meu pai vieram como uma tempestade sem aviso, sem trégua.

Havia um tempo em que tudo parecia desabar. Cada tentativa frustrada era mais uma porta se fechando na cara de Ana. Ela havia perdido o emprego, enfrentava problemas de saúde e ainda precisava sustentar sozinha dois filhos pequenos. Os boletos se acumulavam na mesa da cozinha e o telefone insistia em tocar com cobranças. Amigos se afastaram. Familiares diziam que era hora de aceitar o fracasso. O mundo parecia gritar um imenso “não”.