Categoria: Ficção
Durante os últimos três anos, Aurora Lys foi o nome mais falado no universo da música contemporânea. Com apenas 27 anos, a artista revolucionou o cenário musical com sua fusão inovadora de soul,
A vida não é um roteiro escrito à tinta permanente é um rascunho refeito todos os dias. Mergulhar nela é aceitar suas marés: ora suaves, ora revoltas. Há quem tente atravessá-la apenas a nado, com pressa de chegar; outros, mais atentos, aprendem a boiar descansam, observam, compreendem.
Após o reencontro com Beatriz, Lara se sente pronta para encarar o que ainda resta: o verdadeiro fim daquela história que começou atrás de uma parede falsa e agora ecoa por gerações.
O Jardim Botânico da Ajuda respira história. Árvores centenárias moldam sombras sobre os caminhos de pedra, e o cheiro de terra molhada se mistura ao perfume das flores. Às 15h55, Lara e Helvio atravessam o portão de ferro. Eles não dizem nada um ao outro. A expectativa preenche todos os espaços entre as palavras.
Na biblioteca de Rafael Campos, o silêncio é absoluto. Lara segura o envelope com mãos trêmulas. O papel é grosso, envelhecido, selado com cera e marcado com a letra “M”. Helvio, ao lado, percebe que essa não é apenas mais uma carta cifrada é um testamento afetivo, um relicário de sentimentos contidos por décadas.
A revelação de que Joaquim Vieira não era o verdadeiro L. transformou completamente o rumo da investigação. Lara, agora entre o luto e a esperança, tem em mãos a última pista deixada por M.: uma referência velada ao “homem do sul, que fala com os olhos e escreve com o coração partido”. Helvio, com ajuda de suas conexões em bibliotecas históricas e registros eleitorais antigos, identifica uma possibilidade: um professor de filosofia aposentado, chamado Rafael Campos, vivendo há mais de trinta ano
O Convento de Mafra deixou marcas em Lara. Saber que sua mãe a verdadeira M. ainda poderia estar viva se tornou um novo mistério, mais pessoal do que qualquer cifra decifrada. Ela e Helvio decidem seguir a única pista deixada por Celeste: o “Arquivo da Cúmplice”, expressão codificada que só M. e L. conheciam.
Lara caminha sem rumo pelas ruas do Bairro Alto. M. ainda ecoa em sua mente. A mulher que ela jamais conheceu era sua verdadeira mãe. A traição de Joaquim, o homem que a criou, agora lhe parece monstruosa e, ao mesmo tempo, humana. Tudo o que Lara acreditava ter sido amor, segurança e herança… desmoronou.
A manhã nasce fria sobre Lisboa. O céu acinzentado cobre a cidade com a mesma densidade das dúvidas que pairam sobre Helvio Brasão e Lara Vieira. De volta à capital, eles se dirigem à colina de Alfama, onde a estátua de São Vicente observa o Tejo com majestade silenciosa.
Era madrugada quando a neblina começou a se formar sobre os penhascos de Azenhas do Mar. Helvio Brasão, sozinho, estaciona seu carro diante da pequena casa branca indicada por Teresa Damásio. O som do mar se mistura ao vento, e tudo parece mais denso, mais pesado. Como se o próprio tempo resistisse à ideia de avançar.
O Bahia em Tempo Real trás o que acontece na Bahia, no Brasil e no mundo. Agora e já!
Cultura, Turismo, Variedades, Teatro e muita informação, tudo que deseja encontrar, o Bahia em Tempo Real trás.
© 2010 - 2025 Bahia em Tempo Real. Todos os direitos reservados.