Principal inimigo para tal, é o timing: em um momento de tensão entre a base aliada do governo, retirar cargos e diminuir influência pode piorar situação
Atualmente com 38 ministérios, o governo terá esse número diminuído, após aval de Dilma Rousseff. O corte, simbolizando o atendimento aos apelos pela redução de gastos públicos, será feito baseado em um estudo encomendado pela presidente. Em junho, ela havia sinalizado intenção de ter um time mais enxuto durante entrevista ao Programa do Jô.
Uma das maiores dificuldes para tal mudança, porém, é o "timing". Em um momento de tensão entre a base aliada do governo – que dificulta a aprovação de algumas medidas do ajuste fiscal -, retirar cargos e diminuir influência pode piorar situação. Apesar disso, nomes como Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, e articuladores das derrotas do Planalto, vêm cobrando publicamente a redução de pastas.
De acordo com o Estadão, as secretaria de Assuntos Estratégicos, de Portos e da Micro e Pequena Empresa, além dos ministério de Pesca e Aquicultura e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) podem ser extintos ou fundidos com outras pastas. O ministérios ligados à área social, como de Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos, devem ser poupados do corte por dois motivos: não ir contra os movimentos sociais e suas militâncias que ainda apoiam o governo, já que carregam uma importância simbólica, e o fato de terem um impacto irrisório na redução de custos.