Ahmed Mohamed foi acusado de ter produzido uma bomba após apresentar na escola um relógio caseiro
Ahmed Mohamed, de 14 anos, fez o que poucos adolescentes conseguiriam fazer. Reunindo peças que encontrou em sua casa, em pouco mais de 20 minutos, ele criou seu próprio relógio e decidiu apresentá-lo a seu professor de engenharia, da Irving ISD e MacArthur High School, no Texas (EUA).
Mas, sua criação não foi vista com bons olhos pelo professor, que o aconselhou a não mostrar a mais ninguém. No entanto, durante a aula de inglês, o despertador tocou e o professor desconfiou que o objeto na realidade era uma bomba caseira. Chegou-se a essa conclusão por um único motivo: Mohamed é muçulmano, de uma família iraniana.
A polícia foi chamada e o jovem saiu da escola algemado. Ele foi interrogado e passou a tarde em um centro de detenção, onde tiraram fotos e recolheram suas digitais, além de ter sido suspenso da escola por três dias e poder ser processado. Segundo o Dallas News, o Conselho de Relações Islâmico-Americanas investiga o ocorrido como caso de islamofobia.
O caso chegou aos trending topics do Twitter e o presidente dos EUA, Barack Obama, e o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, enviaram mensagens de apoio a Mohamed. Em um tweet, Obama convidou o garoto a levar seu relógio até à Casa Branca; enquanto Zuckerberg escreveu uma publicação para dizer que adoraria conhecê-lo, fazendo um convite para uma visita à sede do Facebook.
A escola onde Mohamed estuda escreveu uma carta aos pais do garoto (leia aqui), afirmando que "está cooperando plenamente com a investigação policial em andamento" e que vão "sempre tomar as precauções necessárias para proteger nossos alunos". Ainda no comunicado, o diretor da escola Daniel Cummings destacou que esta seria uma "oportunidade para falar com seu filho sobre o Código de Conduta do Estudante e, especificamente, não trazer para a escola itens que são proibidos".
Veja abaixo as publicações de Obama e Zuckerberg e a repercussão do caso nas redes sociais: