A corrida muda a vida de muita gente. Alguns começam no esporte como uma evolução da caminhada ou para melhorar a qualidade de vida. Há ainda quem seja atraído pela superação de limites e pelos desafios. Geralmente iniciam com alguns metros, passam para um quilômetro, depois dois, cinco, dez. O progresso na distância e a mistura desses objetivos são naturais e logo fazem com que algumas pessoas se tornem corredores e até participantes de maratonas.
Existem, entretanto, aquelas pessoas que não se contentam em participar apenas de maratonas, que querem encarar mais desafios. Por isso, hoje, as ultramaratonas estão na agenda do dia. São competições de corrida com distância superior a 42 quilômetros, que geralmente ocorrem em terrenos irregulares, como montanhas e chão batido. Além das grandes distâncias que caracterizam as provas, esse tipo de competição também recebe definição pelo tempo, existindo, por exemplo, provas de 6, 12, 24 e até 48 horas.
Nesse caso, o vencedor é aquele que percorrer a maior distância no período determinado. Mas diante de uma certa “banalização” da modalidade, os educadores físicos dão o alerta: correr uma ultramaratona não é para qualquer um! Além das longas distâncias, os percursos com subidas, descidas e outros obstáculos exigem muito mais preparo físico, força e resistência muscular.
Os atletas que competem nesse tipo de prova já possuem experiência em outras competições menores, como trilhas e maratonas. O educador físico Pablo Gavaza, da Hammer Academia, explica que ter base muscular e articular, é fundamental para aguentar o impacto. “É preciso dedicação, além de uma boa condição cardiorrespiratória e, acima de tudo, trabalho muscular. Procurar um profissional, montar um treino correto, preparar os músculos para criar uma condição favorável para a realização desse tipo de competição. Não adianta apenas cuidar o condicionamento respiratório e, na hora da prova, ter uma lesão muscular por esforço extremo”, conta. Os profissionais indicam um treino de preparação com diferentes fases, que pode durar até seis meses. “Mesmo para quem já pratica exercícios e participa de competições de corrida, a preparação para a ultramaratona deve ser muito mais específica. Por isso o alerta. Muita gente tem se lesionado porque acha que, pelo fato de já praticar esportes de forma cotidiana, pode encarar algo dessa magnitude”, conclui Pablo.
Fonte:Pipa Comunicação Integrada