Os três homens-bomba responsáveis pelo ataque terrorista na Turquia na última terça-feira (28) eram da Rússia, do Uzbequistão e do Quirguistão. O ataque ao aeroporto de Ataturk, em Istambul, deixou 43 mortos e aproximadamente 230 feridos e foi o mais mortal em uma série de atentados que abalaram o país este ano. A Turquia declarou hoje luto nacional.
Autoridades turcas acreditam que o ataque foi liderado pelo grupo terrorista Estado Islâmico. O jornal turco Yeni Safak atribui a responsabilidade do atentado ao checheno Akhmed Chatayev, identificado na lista das Nações Unidas como um dos militantes do Estado Islâmico encarregado por treinar extremistas.
O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, disse hoje (30) que o país acredita que o Estado Islâmico seja o responsável pelos ataques no aeroporto de Istambul.
De acordo com a polícia turca, hoje foram presos 13 suspeitos de ligação com o grupo terrorista em Istambul e nove, na cidade de Izmir, acusados de financiamento, recrutamento e apoio logístico para o Estado Islâmico.
Abdulmumin Amiri, pai de quatro garotas mortas no ataque, conta que saiu para procurar um táxi quando ouviu a explosão. "Eu ouvi uma forte explosão. Minha família estava lá dentro. Minhas filhas se foram."
Hoje, o principal partido de oposição da Turquia, o Partido Republicano do Povo (CHP), acusou o Partido AKP (Justiça e Desenvolvimento) de bloquear uma tentativa de investigação parlamentar sobre os ataques no aeroporto. Ontem, os líderes da oposição haviam solicitado a investigação, mas a proposta foi rejeitada por decisão do Partido Justiça e Desenvolvimento.
"Existe uma relação ideológica entre AKP e ISIS [Estado Islâmico]. Essa é a razão principal de a AKP ter votado contra a abertura de uma investigação parlamentar sobre as explosões em Istambul”, disse Kemal Kilicdaroglu, líder do CHP.
O aeroporto Ataturk é o terceiro mais movimentado da Europa e recebeu 61,3 milhões de passageiros em 2015.