Prefeitura aguarda apenas autorização da União para obter recursos junto ao BID e dar início às obras
Como parte integrante das ações de requalificação da Avenida Sete de Setembro, que completou um século de existência em 2015, a Prefeitura está com o projeto pronto de uma nova etapa de intervenções de uma das áreas de comércio de rua mais importantes de Salvador, que reúne também imóveis residenciais e serviços públicos. Neste momento, a administração aguarda apenas a liberação da União para assinatura de contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para liberação de recursos previstos no Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). A obras atingirão a rua principal desde o Campo Grande, em frente à Praça da Aclamação, até a Rua Chile.
Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), vinculada à Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), o projeto contempla a ampliação dos passeios do lado esquerdo, com pavimentação em pedra portuguesa. Os monumentos históricos ganharão passeio diferenciado. Além disso, serão construídos parklets áreas de lazer provisórias para que as pessoas possam aproveitar a avenida também como opção de lazer. As intervenções preveem ainda a troca de todo asfalto da via, substituição da rede de drenagem e nova iluminação pública. Os investimentos serão de R$12 milhões.
Início em 2013 - O processo de requalificação da Avenida Sete de Setembro foi iniciado pela Prefeitura em 2013, com o ordenamento do comércio informal e a recuperação de transversais para atuação de cerca de mil ambulantes. Com processo coordenado por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), projeto urbanístico desenvolvido pela FMLF e obras realizadas em parceria entre a Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) e Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), a ação foi fruto de diversas reuniões realizadas com representantes de associações de vendedores ambulantes, que fizeram sugestões e validaram o projeto municipal.
Nessa primeira fase, dentre os locais beneficiados estiveram o Beco Maria Paz, Rua do Mocambinho, Rua Portão da Piedade, Rua Coqueiros da Piedade, Rua 24 de Fevereiro, Praça Carneiro Ribeiro, Largo do Rosário e Rua do Cabeça. As vias receberam nova drenagem, pavimentação com piso intertravado, cobertura, iluminação, paisagismo e equipamentos padronizados para os ambulantes credenciados.
Em seguida, foi a vez da Rua Nova de São Bento e das praças de São Bento e Barão do Rio Branco, incluindo a recuperação dos monumentos Barão de Rio Branco e Relógio de São Pedro, passarem por requalificação e ordenamento do comércio informal. As ações contaram com revitalização dos pisos em pedra portuguesa, iluminação, novo sistema de drenagem, bancos para jogos de damas e paisagismo com direito a plantio de mudas de ipês e oitis vegetação que historicamente faz parte do local. A reforma dos monumentos foi realizada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Diante do sucesso da ação inicial de requalificação da Avenida Sete e ordenamento do comércio informal, o projeto ganhou corpo e se tornou mais amplo, passando a ser chamado de Território Empreendedor. Coordenado pela Semop e com parceria do Sebrae, Câmara de Diretores Lojistas (CDL-BA) e Senac, tem como intuito a promoção da economia local com benefícios para comerciantes, clientes e moradores, proporcionando melhores condições para o maior comércio de rua da capital baiana
Entorno Além da Avenida Sete de Setembro, o entorno também está recebendo investimentos de requalificação pela Prefeitura. Um deles é o Largo Dois de Julho, incluindo os mercados Dois de Julho e das Flores e as ruas da Forca e do Cabeça, assim como no Largo Inocêncio Galvão. As intervenções englobam recuperação de boxes, área para 70 feirantes e obras de drenagem, iluminação e recuperação do piso, dentre outros itens. A previsão é que as obras sejam concluídas em setembro. A Rua Carlos Gomes, paralela à Avenida Sete, recebeu nova iluminação.
O Camelódromo da Baixa dos Sapateiros foi outro investimento realizado pela Prefeitura nesse sentido e entregue completamente recuperado em maio deste ano. Com investimento de cerca de R$420 mil, a estrutura de 600 metros quadrados tem capacidade para 120 comerciantes e conta com cobertura total, iluminação, sanitários personalizados para acesso a pessoas com deficiência, piso de alta resistência e até mesmo climatização por vaporizadores, dentre outros itens. Há ainda uma área lateral para a realização de pequenos eventos em épocas festivas, atraindo mais os consumidores. Todos os comerciantes receberam equipamentos padronizados.
Está sendo realizada ainda a padronização de 350 ambulantes que atuam no Centro Histórico, que passam a atuar com crachás de identificação, coletes e coolers térmicos. A ação contempla comerciantes que participaram de capacitação promovida pela Semop em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).