Santiago Andrade morreu depois de ser atingido por um rojão quando filmava uma manifestação
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, no fim da tarde desta terça-feira, que Caio Souza e Fábio Raposo, acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, vão a júri popular. O profissional da TV Band foi atingido por um rojão enquanto cobria um protesto, no Centro, em 2014.
De acordo com o órgão, "há indícios de dolo eventual, quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco" de matar. Os suspeitos, de 24 anos, estão soltos desde o ano passado, após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) entender que eles não tiveram intenção de participar da morte. No entanto, a decisão do STJ contraria essa decisão.
Eles estão respondendo por homicídio qualificado e, caso sejam condenados, podem ter que cumprir de 12 a 30 anos de prisão. Filha de Santiago, Vanessa Andrade acompanhou o julgamento em plenário na tarde desta terça-feira.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) havia pedido para a pena aumentar pelo uso de explosivo, por motivo torpe e pela impossibilidade de defesa de Santiago. No entanto, o STJ manteve apenas o uso de explosivo.
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