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Internacional 09/11/2016

Manual de instruções da política para chegar à Casa Branca é reescrito por Trump

Manual de instruções da política para chegar à Casa Branca é reescrito por Trump

A campanha bem-sucedida de Donald Trump pela Casa Branca rompeu com todas as tradições e subverteu o sistema político com o barulho, as hipérboles e a forte presença na mídia que fizeram dele um dos empresários mais famosos do mundo antes de se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos.

 

Trump disse a apoiadores em um evento na manhã desta quarta-feira que recebeu um telefonema da adversária, a democrata Hillary Clinton, o parabenizando pela vitória.

 

Desde sua entrada na corrida presidencial republicana em 16 de junho de 2015 em sua grandiosa Trump Tower, o republicano conseguiu ser ao mesmo tempo carismático e combativo, elitista e populista, obsceno e piedoso ao tirar proveito de um ambiente polarizado e da raiva contra Washington entre os eleitores norte-americanos.

 

Essa era a sua primeira candidatura a um cargo público, e Trump, empresário do setor imobiliário, astro de reality show e confesse dono de um enorme ego, a chamou de um movimento, não uma campanha. Ele atraiu grandes e empolgadas multidões para comícios em que as pessoas o saudavam por "dizer o que todo mundo pensa".

 

Críticos o acusam de ser misógino, mal-informado, grosseiro, não presidencialista, racista, hipócrita, demagogo e um predador sexual, todas acusações negadas por ele.

 

Trump, de 70 anos, levou pouco mais de 10 meses para derrotar outros 16 pré-candidatos republicanos e conquistar a nomeação do partido, se tornando o primeiro indicado de um grande partido sem experiência de governo desde o general Dwight Eisenhower nos anos 1950. Ele conseguiu um número recorde de votos nas disputas primárias, mas pelo caminho criou uma série de desavenças dentro do Partido Republicano.

 

Então, Trump enfrentou Hillary, de 69 anos, em uma disputa marcada por polêmicas que incluíram uma reformulação em sua equipe, acusações de que ele assediou mulheres e cobranças para que divulgasse seus registros de impostos. Ele disse que como presidente investigaria Hillary por seu uso de emails durante o período em que foi secretária de Estado. Ele prometeu mandar a democrata para a cadeia.

 

A campanha do republicano enfrentou um escândalo em outubro, quando foi divulgado em vídeo de 2005 no qual Trump, sem saber que estava sendo gravado, disse a um repórter de televisão de entretenimento que gostava de beijar as mulheres sem consentimento e que, por ser rico e famoso, ele podia agarrar as mulheres pela gentil impunemente.

 

Trump minimizou as declarações, dizendo que era uma "conversa de vestiário", e negou acusações subsequentes de mais de 10 mulheres que disseram ter sido assediadas sexualmente por ele.

 

PESSIMISMO COM OS EUA

 

Durante sua campanha, em especial em seu discurso na convenção republicana em julho, Trump descreveu os Estados Unidos como um país sombrio, que ficou de joelhos para a China, México, Rússia e Estado Islâmico.

 

O sonho americano está morto, segundo ele, sufocado por interesses comerciais malévolos e políticos corruptos, e ele disse que sozinho conseguiria revive-lo.

 

Trump disse que irá tornar os Estados Unidos grandes de novo através da força de sua personalidade, habilidades de negociação e visão de negócios. Ele apresentou planos vagos para ganhar concessões econômicas da China, construir um muro na fronteira do sul dos EUA para afastar imigrantes ilegais, e fazer com que o México pagasse pela construção.

 

Ele prometeu revogar a reforma do sistema de saúde conhecida como Obamacare, ao mesmo tempo que seria "o maior presidente de empregos que Deus já criou", e propôs banir a entrada nos EUA de pessoas de países em guerra no Oriente Médio, uma versão modificada de uma banimento de muçulmanos proposto anteriormente.

 

Trump se promoveu como a grande história de sucesso. Ele namorou com belas mulheres, casou com três delas, teve seu próprio programa de televisão e construiu arranha-céus com seu nome escrito em letras garrafais. Tudo em sua vida foi o melhor, maior, com mais classe e de maior sucesso, segundo ele, embora críticos falem sobre suas experiências com falências e o fracasso de seu cassino em Atlantic City.

 

Trump havia flertado com candidaturas presidenciais no passado e alguns inicialmente viram sua campanha como um projeto de vaidade feito para aumentar seu ego e impulsionar suas marcas. A campanha era esperada para ter vida breve, mas Trump se tornou o principal candidato republicano, ganhando nomeações nos Estados apesar de uma campanha não convencional.

 

Seus assessores contratados viram que havia limitações na imagem que poderiam mostrar de Trump. Seu círculo íntimo era dominado por seus três filhos mais velhos, Donald Jr., Eric e Ivanka, além do marido de Ivanka, Jared Kushner.

 

A ascensão de Trump, cujos discursos com frequência eram improvisados e repletos de fontes duvidosas e afirmações falsas, ameaçou afundar o Partido Republicanos em uma crise sem precedentes.

 

Muitos líderes da legenda colocaram em dúvida os princípios do candidato e se organizaram contra ele. Destacados republicanos como os ex-presidentes George H.W. Bush e George W. Bush e líderes do Congresso se afastaram da figura dele ou ofereceram apenas apoio tímido.

 

Fonte: http://www.administradores.com.br/


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