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Religião 16/11/2016

Caminhada reforça luta pelo enfrentamento à intolerância religiosa

Caminhada reforça luta pelo enfrentamento à intolerância religiosa

O bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, ficou mais movimentado nesta terça-feira (15), com a 12ª edição da Caminhada pelo fim da Violência, da Intolerância e pela Paz. O evento, realizado por um coletivo de terreiros de candomblé da região, reuniu lideranças religiosas, do movimento negro, autoridades e moradores, todos vestidos de branco, propagando a mensagem do diálogo entre religiões. A ação contou com apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e integrou o calendário do Novembro Negro na Bahia.

 

A yalorixá Valnísia Oliveira, do terreiro do Cobre, destacou que a atividade cumpre um papel de integração, fortalecimento da identidade do povo de axé e da cultura de paz. “Aqui, reverenciamos nossos ancestrais e pedimos respeito às religiões de matriz africana”, afirmou mãe Val, como é mais conhecida. Assim como ela, centenas de pessoas, entre elas crianças, jovens, mulheres e idosos, seguiram na marcha, animada com atabaques e milho branco.

 

Para a titular da Sepromi, Fabya Reis, a mobilização está consolidada e cumpre papel estratégico. “Trata-se de uma caminhada tradicional dos povos de terreiro, reafirmando seu direito à liberdade religiosa, que deve ser garantido por meio da laicidade do Estado. Neste mês emblemático da luta racial, a iniciativa levanta mais uma voz importante nas lutas e resistências do povo negro”, destacou. Ela informou sobre as estruturas recentes para acompanhamento de denúncias de violação de direitos na área, como o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, vinculado à pasta.

 

A vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), yalorixá Jaciara Ribeiro, afirmou que “este é um momento importante para o nosso povo, sobretudo para reivindicarmos a manutenção dos direitos conquistados e fazermos um reforço no enfrentamento aos casos de intolerância. Estamos nas ruas mostrando a beleza e força do povo de candomblé”, afirmou a liderança religiosa, do terreiro Abassá de Ogum.

 

Fonte: http://www.secom.ba.gov.br/


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