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Brasil 05/12/2016

Renegociação das dívidas dos Estados deve ter projeto votado na próxima semana

Renegociação das dívidas dos Estados deve ter projeto votado na próxima semana

Senador Armando Monteiro afirmou que, se houver um acordo de ajuste fiscal para os Estados, será possível fazer alterações nas contrapartidas

 

Nesta quarta-feira (30), o senador Armando Monteiro (PTB-PE), relator da projeto de renegociação da dívida dos Estados, disse que espera a conclusão da votação da proposta no Senado na próxima semana. A proposta ainda precisará retornar à Câmara.

 

Monteiro afirmou que, se houver um acordo de ajuste fiscal para os Estados, será possível fazer novas alterações nas contrapartidas previstas no projeto. A União está em negociação com os Estados para definir medidas de ajuste fiscal, em contrapartida à repartição da multa da regularização de ativos no exterior paga por contribuintes, conhecida como repatriação.

 

O senador também disse que – se o acordo for fechado até a próxima semana, quando deve haver votação da proposta da renegociação de dívidas dos estados na Comissão de Assuntos Econômicos e no plenário do Senado – o ajuste poderá ser realizado

 

A proposta de renegociação prevê o alongamento da dívida por 20 anos, além da suspensão do pagamento das parcelas até o final de 2016, com retomada gradual a partir do próximo ano. Como contrapartida, os gastos públicos dos Estados não poderão subir acima da inflação por dois anos.

 

Durante a tramitação da proposta na Câmara, foram retiradas outras contrapartidas previstas com a renegociação. Entre elas, a suspensão da concessão de aumento aos servidores públicos por dois anos. Monteiro defende o controle dos gastos pelos Estados e incluiu novamente contrapartidas, como, por exemplo, os cortes de cargo de livre provimento e a vedação de contratação de pessoal – salvo em áreas que são essenciais, como saúde, segurança e educação, pelo período de dois anos.

 

“Não adianta renegociar dívida, dar dinheiro novo, acessar recursos de caráter extraordinário, sem que se crie uma disciplina, um regime de austeridade no país”, disse o senador.

 

Além disso, o relator do projeto também argumentou que, assim como a União, que pretende fazer ajuste fiscal com a definição de teto dos gastos pelos próximos 20 anos, os Estados também precisam controlar as despesas. “Não pode haver um regime que consagre uma disciplina para os gastos da União e que deixe os estados fora. Até porque o problema dos estados, em última instância, vai se refletir nas contas da União, de forma direta ou indireta. O importante é consagrar o conceito de que tem que ter contrapartida”, acrescentou.

 

Fonte: http://economia.ig.com.br/


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