A Confederação Brasileira de Futebol é um defunto que insiste em caminhar sobre o chão. Um pedaço de carne morta que ainda é capaz de devorar o que encontra pela frente. Mas a cada dia esse zumbi dá mais demonstrações de que o que lhe resta não dura muito. Com ex-dirigentes presos e boa parte dos atuais sob investigação, a entidade máxima do futebol brasileiro vem perdendo seu prestígio e, se não se reinventar completamente, vai desaparecer e levar consigo o pouco que resta desse que ainda é o esporte mais amado do país.
A estapafúrdia, insensata, insensível e oportunista ideia do presidente Marco Polo del Nero de manter a rodada final do Brasileirão e transformar o jogo da Chapecoense com o Atlético/MG em uma festa é um exemplo de quão perdida está a liderança do futebol no Brasil. A CBF, nossa entidade máxima, conseguiu finalmente atingir o ponto mais alto da escala que mede o nível de incompetência de uma liderança. Aquele estágio em que a ordem é tão absurda que o liderado até ri na cara do chefe antes de dizer que não vai cumprir.
Diante da proposta de manter o jogo final das equipes no campeonato e faturar em cima da comoção gerada pela tragédia, a Chapecoense e o Atlético/MG se apressaram em divulgar notas dizendo que não jogariam em nenhuma hipótese.
"Não teremos jogo. Já juntamos do que sobrou da comissão, jogadores e todos foram unânime: não vamos jogar. Usaram a palavra festa. Festa? Que festa é essa? Foi muito bom o Atlético Mineiro já avisar que não vai vir para Chapecó e a CBF não manda neste aspecto", disse Vitor Hugo, um dos dirigentes da Chapecoense.
Abaixo, você pode ver a nota do Atlético: