Os oito juízes do Tribunal Constitucional ratificaram a resolução aprovada pelo Parlamento da Coreia do Sul, que retira definitivamente Park Geun-hye da função de presidente. Pelo menos duas pessoas morreram enquanto participavam das manifestações contra e a favor a decisão.
A procuradoria-geral do país considera que Park foi cúmplice no caso "Rasputina", apelido de sua amiga Choi Soon-sil, acusada de aproveitar da sua amizade com a presidente para intervir em assuntos de Estado, apesar de não ocupar nenhum cargo público, e de articular uma ação de extorsão de empresas. As empresas doaram grandes quantidades de recursos a várias fundações, que foram apropriadas por Soon-sil. As informações são da Agência Télam.
Com a destituição, Park perde sua imunidade e a Coreia do Sul é obrigada a realizar novas eleições presidenciais em um prazo inferior a 60 dias, de acordo com a Agência EFE.
Apesar de não considerar o fato como motivo para a destituição de Park, a instância máxima judicial do país entende que está comprovado que Park deixou desatendidas suas obrigações como chefe de Estado, durante o naufrágio do ferry Sewol, em abril de 2014. Mais de 300 pessoas morreram, a maioria estudantes secundaristas.
A decisão da Corte Constitucional foi transmitida ao vivo por todas as televisões e rádios do país. Em Seul, as forças de segurança evitavam confrontos entre os seguidores e os adversários de Park Geun-hye.
Cerca de 21,6 mil agentes acorrentaram a instância máxima judicial sul-coreana, a Casa Azul e outras dependências governamentais para evitar depredações.
Durante os protestos, pelo menos duas pessoas morreram, segundo a agência de notícias Yonhap.