Salvador pulou de 48,6 quilômetros de ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas em 2012 para 197,96 quilômetros em 2016, sendo 151,96 construídos pela Prefeitura. O número de locais beneficiados também subiu de 13 para os atuais 47, dos quais 36 foram intervenções municipais, a exemplo da Avenida Afrânio Peixoto, mais conhecida como Suburbana, que, a partir da requalificação, passou contar com uma via exclusiva para bicicletas, com 14 quilômetros de extensão em ambos os sentidos. Os números apresentados são a prova de que o salto empreendido pela cidade no ranking da mobilidade e acessibilidade no trânsito e transporte do país - saindo da 27ª, em 2016, para a 7ª posição, em 2017 - não foi por acaso.
O ranking foi mais uma vez divulgado pela Urban Systems, entidade referência mundial no que se refere ao tema Cidades Inteligentes, por meio do estudo denominado Connected Smart Cities, que pinçou 50 dentre 500 municípios brasileiros nos quesitos mobilidade e acessibilidade, a partir da avaliação de critérios como extensão de ciclovias; proporção entre ônibus e automóveis; idade média da frota dos meios de transporte públicos; quantidade de coletivos por habitante; variedade dos meios de transporte; rampas para cadeirantes; número de voos semanais; e transporte rodoviário.
"Desde 2013 que a Prefeitura colocou entre suas prioridades a questão do transporte sustentável e do uso das bicicletas não apenas para o lazer, mas também o trabalho. E Salvador é uma das cidades que mais cresceu nesse segmento. Todas as obras de mobilidade na cidade levam em conta também o uso das bikes", afirmou o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller. Ele lembrou de iniciativas, como a criação do Movimento Salvador Vai de Bike e do projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cidade Sustentável e Inovação, que premiam servidores que vão trabalhar de bike com folgas, o que já foi destaque da imprensa nacional.
Ações - As melhorias são resultado de contínuas ações conjuntas intersecretarias, que buscam, além de garantir a plena fluidez do trânsito e da circulação de pedestres, proporcionar mais segurança viária aos cidadãos. Por conta disso, ao longo dos últimos quatro anos, o município desenvolveu projetos inovadores cujos resultados práticos já podem ser sentidos em diversas regiões da capital na área da mobilidade.
Como exemplo desse trabalho, se destacam intervenções, como as mudanças viárias na região do Shopping da Bahia, requalificação da Suburbana, duplicação da Baixa do Fiscal, criação das avenidas Eduardo Dotto (orla do Subúrbio) e Dois de Julho (que liga Cajazeiras à BR-324), implantação da via marginal da Avenida Luiz Viana (Paralela) e todo o trabalho conjunto de revitalização da orla marítima de Salvador. Isso sem falar na requalificação da Estação da Lapa, reforma e operação dos principais ascensores ligando as cidades Alta e Baixa, e manutenção de 36 passarelas, sendo que duas novas foram construídas, a exemplo da localizada em frente à Madeireira Brotas.
"Este reconhecimento resulta da melhoria da mobilidade como um todo na cidade, como a redução da idade média da frota de 12 para quatro anos e meio e o aumento da oferta de coletivos. Também se destacam as reformas de passeios, construção de ciclovias e recursos de acessibilidade urbana. Há ainda a melhoria promovida no viés tecnológico, com a implantação do CittaMobi aplicativo para localização de coletivos com mais de 1,5 mil downloads - e o Bilhete Único e o Domingo é Meia", reforçou o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota.
Outro avanço, segundo o gestor, que impactará de forma positiva na cidade, é a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), que vai qualificar ainda mais o sistema de transporte público de Salvador, pois estará inserido nas principais vias da capital, reduzindo bastante o tempo de deslocamento e proporcionando maior conforto aos usuários - visto que contará com ar-condicionado, sinal para internet e poltronas acolchoadas. "Além disso, o BRT estará totalmente integrado aos ônibus da cidade e ao metrô", frisou.