O curta-metragem Alike retrata como a imposição de padrões pode criar mentes mecânicas e pouco inovadoras
Desde cedo somos estimulados a nos adequar a rotinas padronizadas. O modelo sugere, basicamente, que nos adaptemos aos padrões sociais aceitáveis, decoremos teorias já formuladas e aprendamos práticas conhecidas. Assim, seguimos em um fluxo rumo ao lugar comum.
Quando pequenos, queremos ser astronautas, professores, bombeiros e atletas, tudo ao mesmo tempo. Mas, ainda quando estamos dando os primeiros passos na sociedade, nos fazem acreditar que sonhos como esses são utópicos demais e nos delimitam a um cardápio de opções (pouco variáveis, digamos) de "o que você quer ser quando crescer?".
Entramos em uma rotina de pensamentos e ações automatizadas, que nos distancia da capacidade que tinhámos quando crianças, quase inata, de imaginar e criar possibilidades para o novo. Essa provocação é o tema que guia o curta-metragem de animação Alike (Semelhante, em livre tradução).
Em 7 minutos, os diretores Daniel Martinez Lara e Rafa Cano Méndez questionam quem determina o certo e por que somos orientados a acreditar em uma única maneira de construir sua rotina. Para ilustrar essa contradição, são utilizadas cores, representando a criatividade e imaginação, que se destacam em uma cidade feita por pessoas cinzas, tristes e mecanizadas.
Alike é um manifesto pela inovação, pela liberdade de escolha e pela lembrança de que podemos ser aquilo que acreditamos. O curta-metragem está disponível na íntegra no YouTube, e você pode assisti-lo abaixo: