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Geral 28/09/2017

Média 78 milhões de raios por ano são registrados no Brasil diz Inpe

Média 78 milhões de raios por ano são registrados no Brasil diz Inpe

Os novos dados apontam que 2012 foi o ano com maior incidência de raios, registrando 94,3 milhões, devido ao fenômeno La Niña, na região norte do país. Em 2013 foram 92 milhões, em 2014 foram 62,9 milhões e em 2015, 68,6 milhões de raios, ano em que houve um acréscimo devido ao El Niño, responsável pelo aumento dos raios nas regiões Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

 

Para 2017, a previsão é de uma incidência de raios dentro da média histórica. A estimativa é feita a partir das temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico - Sul, Equatorial e Norte.

 

Estados e municípios

 

O estudo mostrou que o estado com maior densidade de raios (quantidade de raios por quilômetro quadrado por ano) é o Tocantins, com 17,1 raios por quilômetro quadrado. Na sequência aparecem Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).

 

O ranking das cinco primeiras capitais com maior densidade de raios por quilômetro quadrado por ano é: Rio Branco (30,13) Palmas (19,21), Manaus (18,93), São Luís (15,12), Belém (14,47) e São Paulo (13,26).

 

Mortes

 

Entre 2000 e 2014, foram registradas 1.792 mortes por descargas elétricas, uma média de 120 vítimas anualmente.

 

A maior parte das mortes ocorre na Região Sudeste (28%) e as outras quatro regiões estão empatadas com 18% cada. São Paulo é o estado com maior número de vítimas, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

 

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Inpe concluiu que 43% das mortes acontecem durante o verão e que, a cada três mortes, duas ocorrem ao ar livre. Além disso, a probabilidade de um homem morrer ao ser atingido por um raio é quase 4,5 vezes maior do que uma mulher. Entre os mortos, 82% eram do sexo masculino. A cada 50 mortes por raio no mundo, uma ocorre no Brasil.

 

O relatório do Inpe mostrou ainda que as atividades rurais, exercidas por pessoas que recolhiam animais ou se ocupavam de plantações com enxadas, pás e facões, representam 25% das mortes por raio no país. As fatalidades dentro de casa estão em segundo lugar e representam 17%, seguidas de situações em que a vítima estava próxima a um veículo (11%), cujas estruturas metálicas elevam a chance de receber descarga, e embaixo de árvores (8%).

 

Apesar do perigo de se estar próximo a veículos em tempestades, o Inpe lembra que se refugiar dentro de um automóvel é seguro, desde que não seja conversível.

 

Levantamento anterior feito pelo Inpe, com informações sobre mortes por raios entre 2000 e 2009, apontou que a maioria das vítimas atingidas em casa estava falando ao telefone com fio, descalça em chão de terra batida ou ainda próxima a antenas, lâmpadas, geladeiras, janelas e televisores.

 

De acordo com o Inpe, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, sendo menor do que 1 para 1 milhão. No entanto, se a pessoa estiver numa área descampada embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até 1 para mil.

 

Em geral, as mortes e os ferimentos provocados por raios não ocorrem em situações em que as pessoas são atingidas diretamente, e sim pelos efeitos indiretos das descargas elétricas. A corrente do raio pode causar queimaduras, por exemplo, e a maioria das mortes é causada por parada cardíaca e respiratória. Grande parte dos sobreviventes sofre sequelas psicológicas e orgânicas por longo tempo.

 

Proteção pessoal

 

Entre os cuidados que as pessoas devem ter durante as tempestades estão: evitar sair às ruas, refugiar-se em prédios com para-raios ou em abrigos subterrâneos como metrôs ou túneis, evitar usar telefones com fio ou ligados à tomada, ficar longe de tomadas, janelas metálicas e aparelhos ligados à rede elétrica, evitar topos de morros ou prédios e áreas descampadas como campos de futebol e evitar ficar próximo a árvores isoladas.

 

Se a pessoa estiver em um local sem abrigo próximo e sentir os pelos arrepiados ou coceiras na pele, pode ser indicativo de que um raio está prestes a cair. Neste caso, deve se ajoelhar e se curvar para frente, colocando as mãos nos joelhos e a cabeça entre as pernas. Jamais deve deitar no chão.

 

Fonte: https://www.primeirahora.com.br


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