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Saúde 30/11/2017

Quem nunca teve dengue não deve tomar vacina, diz Anvisa

Quem nunca teve dengue não deve tomar vacina, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta quarta-feira (29), que pessoas que nunca tiveram Dengue não tomem a vacina Dengvaxia, criada para evitar a doença. Segundo comunicado da Anvisa, a Sanofi Pasteur laboratório responsável pela fabricação da vacina apresentou dados de um estudo complementar que indica que pacientes que não tiveram dengue podem desenvolver, no futuro, uma forma mais grave da doença após serem imunizados.

 

De acordo com a nota da Anvisa, a "vacina em si não desencadearia um quadro grave da doença nem induzia ao aparecimento da doença de forma espontânea". Mas o que ocorre é que, caso a pessoa seja picada posteriormente pelo Aedes aegypti e venha a desenvolver a doença, ela pode se manifestar de forma mais grave. Além da recomendação, a Agência afirma que irá alterar os dados presentes na bula da vacina.

 

A Dengvaxia, que foi aprovada em 2015, não é oferecida pelo Ministério da Saúde, mas está disponível em laboratórios particulares e é a única imunização registrada no país. A Anvisa afirma que na época do registro não havia nenhum indício de que a vacina podia trazer complicações como as relatadas agora e destaca que, para quem já teve a doença, a imunização continua sendo positiva. A agência ressalta que o caso está sendo analisado em conjunto com o laboratório produtor da Dengvaxia, e que já realizou uma reunião com o grupo de vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

Embora a vacina tenha sido testada em cerca de 40 mil pessoas em todo mundo antes de ser aprovada, a Sanofi Pasteur realizou um estudo complementar, ao longo de seis anos, que trouxe à luz os riscos para quem nunca teve contato com o vírus.

 

— A forma severa da doença após a infecção por dengue é rara, mas pode ocorrer depois de qualquer picada de um mosquito que carregue o vírus. Entretanto, a dengue é uma doença complexa e as pessoas têm maior probabilidade de contrair a forma grave após uma infecção secundária de um subtipo diferente do vírus— afirmou Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur Brasil, em nota.

 

Fonte: https://www.gazetaonline.com.br


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