A hipertensão é um problema que se verifica mais em pessoas de idade avançada, pois o acúmulo de anos com hábitos ruins de saúde é um dos principais fatores de risco para a doença. No entanto, mais raramente, ela também pode ser diagnosticada em indivíduos jovens e até mesmo crianças. Isso acontece porque outros fatores, como a genética, por exemplo, podem influenciar nesse sentido, fazendo com que a hipertensão se manifeste muito mais cedo.
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença que, na atualidade. atinge todas as faixas etárias, de diversas etnias e de ambos os sexos. Em crianças e adolescentes, o problema está associado ao excesso de peso, baixa prática de atividade física, alimentação inadequada, tabagismo e consumo excessivo de sódio e álcool, informa a cardiologista bruna Baptistini.
Riscos associados a pacientes jovens com hipertensão
Por mais que seja ruim sofrer com a doença desde cedo, nessa fase é mais fácil detectá-la e fazer o controle precoce. A medida da pressão arterial em crianças é recomendada em toda avaliação clínica após os três anos de idade, pelo menos uma vez por ano, como parte do atendimento pediátrico primário. Também é recomendado investigar possíveis causas secundárias, como, por exemplo, doenças renais, vasculares e endocrinológicas.
De acordo com a especialista, há estudos que demonstraram uma forte associação entre a presença dos fatores de risco já mencionados e a extensão das lesões ateroscleróticas (placas de colesterol) em crianças e adultos jovens. Ou seja, a aterosclerose pode se iniciar precocemente, ainda na infância, e com o passar dos anos pode provocar um infarto agudo do miocárdio.
Tratamento contra hipertensão em jovens
Para evitar evitar esses riscos, é fundamental controlar a pressão arterial, o que deve ser feito por meio de tratamento medicamentoso aliado a mudanças no estilo de vida. Controle do peso, prática regular de atividade física e estabelecimento de dieta balanceada (ressaltando a baixa ingesta de sal) são medidas vitais. Lembrando que o tabagismo, uso de álcool, drogas, hormônios esteróides e algumas medicações também contribuem para o desenvolvimento da doença e, portanto, devem ser cessados, completa a médica.
Dra. Bruna Cristina Baptistini é cardiologista formada pela Universidade Nove de Julho e atua em São Paulo. CRM-SP: 145229
Fonte de reprodução: https://cuidadospelavida.com.br