Após a conquista da Copa América contra o Peru no último final de semana, um dos questionamentos que rodaram a internet foi a dependência do Brasil por Neymar. Refutada pela conquista, mantida pelo rendimento. Ainda assim, qual a importância do atleta para a seleção na atualidade? Ele ainda é essencial para voos mais altos ou encontramos soluções para compensar sua ausência?
Com todo o respeito, mas é um idiota quem acredita não precisar de Neymar. Rodeado de polêmicas fora de campo, desde seus problemas em cada equipe que joga até acusações de estupro. Não vamos entrar no mérito e na veracidade delas. A vida pessoal de Neymar Jr atrapalha o jogador Neymar, sem dúvidas. Sabendo desse pacote, a importância do jogador Neymar é essencial para o Brasil vencer partidas difíceis, ele ainda é de longe o melhor brasileiro em atualidade e voltará como titular. Esse troféu não altera em nada isso.
Você pode responder com a seguinte declaração Ah, encontramos o Everton Cebolinha, o coletivo do Brasil funciona melhor sem Neymar e conseguiu ser campeão. E por um lado você está completamente correto, encontramos uma solução para acabar com a Neymar Dependência que a seleção vivia nos últimos anos, desde a Copa do Mundo de 2014. Parabéns para o Tite, terminou com um grave problema. No entanto, é preciso colocar um asterisco enorme nessa solução, a qualidade dos adversários. A Copa América de 2019 teve um dos piores níveis técnicos da história e isso se refletiu com a seleção peruana chegando na final. Com todo o respeito para o time, que tem seus méritos. Mas o demérito de Uruguai e Chile nessa história é gigante. O Brasil era favorito ao título com ou sem Neymar e isso se comprovou com ajuda da fragilidade e irregularidade dos adversários.
O drama de enfrentar seleções europeias segue. Para quebrar retrancas ainda existe problemas, o empate com a Venezuela na primeira fase comprova isso. A resolução para isso é o drible, a vitória pessoal. Quem tem esses fatores? Neymar. Sim, o Cebolinha também tem e os dois juntos podem resolver tal problema. Apenas tais confrontos podem comprovar essa questão.
Esqueça seu hate e ódio com a pessoa Neymar e suas decisões fora de campo. Agora, a realidade ainda é que Neymar eleva o nível da seleção e, querendo ou não, o Brasil é Neymar e mais dez. Resta à Tite encaixar o craque com o time que funcionou na competição, talvez com o mesmo ganhando a vaga de Coutinho (apagado durante a Copa América e de temporada ruim pelo Barcelona, além de seu futuro incerto) e atuando de meio campista, ao contrário das maneiras como sempre foi usado, pelas pontas. O trio de ataque é complicado de mexer, o supracitado Everton foi um dos melhores da competição e Gabriel Jesus complementou e cresceu ao lado de Firmino. A dor de cabeça do bem, como diriam os antigos.
Novamente, separe a pessoa Neymar do jogador. Mesmo que seja difícil e um influencie o outro. Neymar ainda é o nome da seleção brasileira.
Fonte: http://htesports.com.br