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Saúde 22/07/2020

Febre na pandemia, uso excessivo de fone de ouvido exige atenção

Febre na pandemia, uso excessivo de fone de ouvido exige atenção

Com o isolamento social em decorrência da pandemia da Covid-19, cresce a utilização de fones de ouvido para as conferências, reuniões virtuais, lives e até mesmo para os vídeos em família. O uso excessivo do acessório para qualquer que seja a atividade pode causar danos à audição e desenvolver problemas emocionais como, por exemplo, a ansiedade e o aumento de estresse. A recomendação de especialistas é limitar o tempo a, no máximo 60 minutos por dia, e com volume inferior a 60% da capacidade do som do aparelho.

 

Dependendo do tempo de exposição e intensidade, o fone de ouvido pode causar danos irreversíveis à audição. De acordo com fonoaudiólogos, isso acontece porque o som alto mata as células ciliadas, que não são regeneradas pelo organismo. Segundo a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, a constante exposição a ruídos com frequência superior a 85 decibéis (dB) pode gerar prejuízos.

 

Para a fonoaudióloga Raquel Jefoni, do Multicentro Carlos Gomes, o uso inadequado pode ser danoso. “Ele (o fone) não é vilão, se for bem utilizado. Dois pontos importantes que devem ser avaliados são o tempo de uso e o volume do som. Se estiver a uma altura de 80 decibéis, o ideal é no máximo 45 minutos”, frisa.

 

Jefoni lembra ainda que, ao utilizar o acessório, o ideal é sempre colocar os dois fones, e nunca apenas um. ”Inserindo em apenas um, seu outro ouvido absorve barulhos externos e você tende a aumentar mais o volume”, explica. A especialista diz ainda que o recomendado para utilização do fone é sempre buscar um ambiente bastante silencioso para que não haja necessidade de aumentar e prejudicar a audição.

 

Prejuízos - Outra recomendação dada pela médica é ficar atento se alguém no ambiente está conseguindo ouvir o som do fone de ouvido. Caso isso aconteça, é um sinal de que o volume já está em um nível prejudicial à saúde auditiva. Na lista dos danos, a perda auditiva induzida por ruído e os zumbidos são os mais frequentes. “Vale lembrar que para perda de audição não existe remédio, não tem mais como recuperar. Além dela, ainda existem os zumbidos e as questões emocionais como aumento da ansiedade e grau de estresse”, diz Jefoni.

 

A higiene do aparelho também é essencial para a saúde auditiva do usuário. “O que pode ser feito é pegar uma escova de dente nova e passar para tirar a sujeira e em seguida usar um cotonete com álcool na parte auricular e também no fio”, recomenda Raquel Jefoni. Para fones que possuem espuma, a orientação da especialista é a retirada para a higienização com água e sabão. Ele lembra ainda que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 50% da população entre 12 e 35 anos que moram em países de média ou baixa renda escutam música em uma intensidade prejudicial à audição.

 

Fonte: http://www.comunicacao.salvador.ba.gov.br/


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