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Religião 14/12/2020

Festa de Santa Luzia reúne devotos em Salvador

Festa de Santa Luzia reúne devotos em Salvador

Conhecida como protetora dos olhos, Santa Luzia foi comemorada no ultimo domingo (13), com demonstrações de fé, em Salvador. A igreja de devoção à santa italiana, localizada no bairro do Comércio, sediou missas durante todo o dia. A celebração integra o calendário de festas populares da Bahia que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, são realizadas de modo especial, com acesso limitado do público, a fim de respeitar protocolos de biossegurança.

 

Além das missas, o público compareceu à Igreja de Nossa Senhora do Pilar e de Santa Luzia buscando a água da fonte localizada na lateral do templo e tem a fama de milagrosa. Com vasos na mão, fiéis buscavam a água, usada para banhar rosto e olhos na busca pelo restabelecendo da boa visão.

 

Mas os devotos que ali compareceram também pediam a recuperação de outras doenças. Uma delas é Maria de Lourdes Nascimento. De joelhos, diante da imagem de Santa Luzia, ela pediu a intercessão para a cura do câncer de mama. “Fiz duas cirurgias esse ano. Vim agradecer pela minha vida e pedir a curra desta doença, pois tenho fé. Já fiz minha promessa”, contou a idosa.

 

Durante uma das missas da manhã, o padre Renato Minho, responsável pela comunidade, pediu ao secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, presente no local, a inclusão da igreja no Projeto de Resgate dos Sinos. Idealizado por Franco, o projeto já contemplou sete igrejas com a requalificação do objeto litúrgico, dentre elas, as igrejas da Ajuda, de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de Santo Antônio da Barra, em Salvador e a de São João Batista, em Trancoso (Porto Seguro).

 

“Buscamos parceiros na iniciativa privada para financiar a restauração e automatização dos sinos das igrejas da Bahia. Desta forma, contribuímos para o resgate da tradição do soar dos sinos no dia a dia e em horas especiais, como festas religiosas. Tradição esta capaz de encantar baianos e turistas em visita ao nosso estado”, explica o gestor do Turismo.

 

História

Perseguida pelo império romano por se declarar fé cristã, Santa Luzia jovem teria sido torturada por carrascos, que arrancaram seus olhos, morrendo após decapitação. O historiador e assessor especial da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), Rafael Dantas, explicou a tradição da festa na capital baiana.

 

 A tradição é um elo entre o imaterial, presente na fé e nos festejos, e o material presente na igreja e na fonte. No passado, a região do Pilar era uma das mais movimentadas na Cidade Baixa, local estratégico na entre o Comércio, Cidade Alta e os caminhos para São Joaquim, com sua feira, e a Calçada, lembrou Dantas.

 

O traçado imponente da Igreja de Nossa Senhora do Pilar e de Santa Luzia data do século XVIII, mesmo período da construção e ampliação de outras tantas igrejas baianas. A fachada segue o traçado rococó e os altares, neoclássico. Destaca-se ao lado o cemitério, também em estilo neoclássico, com um belo frontão triangular do final do XVIII.

 

Fonte: Ascom/Setur
Foto: Tatiana Azeviche/Setur


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