Enquanto aguardam todas as autorizações e licenças necessárias para iniciar as obras, o Consórcio da Ponte Salvador-Itaparica ajusta os detalhes do que deve ser um dos maiores desafios de engenharia da história do Brasil. E neste complexo de estruturas desafiadoras, o grande destaque fica para o vão principal da obra. Começará a ser construído no primeiro dia de obras e a sua conclusão marcará o fim da empreitada, se tudo der certo em um prazo de quatro anos.
As demais etapas deverão ser concluídas neste período. Pelo projeto atual, as duas colunas do vão central terão 205 metros de altura, acima do nível mar, além de 60 metros de profundidade e mais 40 debaixo da terra. Somente a estrutura responde por 21% do investimento de quase R$ 7 bilhões previsto na implantação do novo sistema viário.
A conclusão da obra é apontada por quem está à frente do consórcio como uma prioridade para os investidores. Isso porque trata-se de uma PPP (parceria público-privada) em que a remuneração se dará sobretudo pela prestação do serviço. Pelo contrato, 90% das receitas do consórcio serão oriundas da tarifa, enquanto 5,24% serão da contraprestação pública e 4,67%, de aportes de recursos. Ou seja, para faturar precisam que a ponte esteja de pé.
As projeções da empresa são de que no início da operação pouco mais de 51 mil veículos utilizem o acesso diariamente. E que este número salte para 136 mil depois de 35 anos.
Impacto econômico
Além disso, a ponte deverá ser responsável por 5 mil empregos diretos na fase de obras, que serão divididas em três canteiros: um em Itaparica, outro em Salvador, além do terceiro, no Estaleiro Enseada, onde serão construídas as estruturas pré-moldadas. Salvador deve ser o último canteiro de obras a ser implantado porque, a pedido da Marinha, o consórcio terá que abrir um novo canal de acesso para os navios que chegam ao Porto de Salvador. O atual canal está muito próximo da futura ponte.
Fonte: https://modaisemfoco.com.br/