A colombiana Avianca confirmou a encomenda de mais 88 aviões da família A320neo, que devem permitir a ampliação e renovação da frota. A empresa planeja ter aproximadamente 200 rotas e 130 aviões até 2025, mantendo seu plano de crescimento durante a retomada das viagens internacionais. O pedido formalizado com a Airbus ainda prevê 50 aeronaves do mesmo tipo entre as opções de compra.

A expectativa é que os aviões recém-encomendados sejam entregues entre 2025 e 3031, permitindo uma gradual renovação da frota atual de A320 de primeira geração. A família de jatos da Airbus representa a maior parte da frota, sendo amplamente utilizados na maior parte das rotas na América do Sul e Caribe.

"Esta é uma boa notícia para a nossa empresa, nosso pessoal e nossos clientes", destacou Rohit Philip, diretor financeiro da Avianca.

A centenária empresa colombiana sofreu um longo período de crise, que foi agravado na pandemia, mas uma reestruturação interna permitiu uma retomada das atividades.

O anúncio da compra de novos aviões da Airbus ocorre após um profundo processo de reestruturação que a Avianca passou na Colômbia, revisando frota, malha e sobretudo cortando gastos. A companhia deixou o Capítulo 11, da lei de falências dos Estados Unidos, no final do ano passado, após obter um importante acordo com os credores e levantar US$ 1,7 bilhão no mercado. Além disso, a empresa ainda reduziu sua dívida, reestruturou a frota e manteve um caixa de US$ 1 bilhão.

"Este pedido confirma que continuamos fazendo os investimentos necessários para o crescimento da nossa rede, em linha com o nosso plano de negócios", afirmou Philp.

A partir do dia 27 de março a Avianca deverá ampliar a frequência de voos para o Brasil, passando a voar sete vezes por semana para o Rio de Janeiro e 21 para São Paulo, totalizando 28 frequências semanais a partir de Bogotá, na Colômbia. 

Atualmente a Avianca conta com uma frota relativamente nova com 110 aviões, a maior parte produzida nos últimos dez anos. A empresa foi uma das primeiras a receber o Boeing 787 e o A320neo na América Latina, demonstrando sua confiança no potencial da região. Um estudo recente da Airbus afirma que a América latina deverá incorporar quase 2.500 aviões em um intervalo de 18 anos.

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