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Coronavírus 15/03/2022

Ministério da Saúde confirma dois casos de deltacron no Brasil

Ministério da Saúde confirma dois casos de deltacron no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (15) dois casos da nova variante deltacron no Brasil. A cepa do coronavírus vem sendo assim chamada informalmente por combinar características genéticas de duas outras versões do vírus: a ômicron e a delta. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que estava monitorando a mutação que já havia sido detectada na França, Holanda e Dinamarca.

 

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o serviço de vigilância genômica brasileiro identificou dois casos, um em um paciente que mora no Amapá e outro no Pará, ambos na região Norte, onde os índices de vacinação contra a covid-19 são os mais baixos do país. No Amapá, por exemplo, apenas 45,5% da população está imunizada com as duas doses. Na sequência está Roraima, onde a taxa de vacinação com o esquema completo é de 47,9%. Já no Pará, 75% da população está com as duas doses, de acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde tabulados pelo consórcio de veículos da mídia comercial.

 

À imprensa, na entrada do ministério, Queiroga afirmou que a prioridade do governo federal será incentivar a vacinação. O chefe da Saúde ressaltou que a variante deltacron "é de importância e requer monitoramento. As autoridades sanitárias estão aqui diante dessas situações para tranquilizar a população brasileira. As medidas são as mesmas. Se eu tivesse que indicar uma medida, seria a aplicação da dose de reforço. Se você não tomou, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de onde você mora", declarou.

 

O que se sabe sobre a deltacron

Queiroga, contudo, não mencionou o papel das falas antivacina – muitas delas promovidas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro – para justificar os baixos índices de imunização no Norte do Brasil. "Não é uma tarefa simples", disse. "Mas vamos nos empenhar para ampliar essa cobertura e isso só vai ser possível com a conscientização da população brasileira."

 

Na última quarta-feira (9), estudo preliminar, liderado pelo pesquisador Philippe Colson, do Ihu Méditerranée Infection, identificou na França três pacientes com a deltacron. A pesquisa ainda não foi publicada em revistas científicas e, segundo seu autor, a nova cepa seria resultado da combinação da proteína S da ômicron com o “corpo” da delta. A agência Reuters também apontou que outras duas infecções foram detectadas nos Estados Unidos, segundo um relatório ainda não divulgado pela empresa genética Hélix.

 

Na entrevista coletiva da OMS, a diretora técnica da organização, Maria Van Kerkhove, observou que o surgimento de uma mutação "era algo esperado dado que há uma  intensa circulação dessas variantes (delta e ômicron) na Europa", o que pode explicar essa recombinação. A epidemiologista chamou a atenção, contudo, para o fato de que, até o momento, não foi identificada nenhuma severidade maior da infecção pela nova variante. Ainda segundo ela, pesquisas e estudos estão em andamento.

 

Na ocasião, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, frisou que a pandemia "está longe de acabar. E ela não vai acabar em nenhum lugar até que ela acabe em todos os lugares", advertiu. Apenas no Brasil, a covid-19 segue matando 3 mil pessoas por semana. E a avaliação dos especialistas é que o país deve correr para garantir maior cobertura vacinal e manter medidas de controle da doença, como o uso de máscaras.

 

 Fonte: https://www.redebrasilatual.com.br/


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