A Boeing está a poucos passos de ampliar a sua produção de aeronaves, que está reduzida desde o início da pandemia de covid-19, quando o setor aéreo teve uma grande queda na demanda por voos e novos aviões.

A fabricante norte-americana também conta agora com seus principais produtos sendo entregues, após problemas com o 737 MAX e a produção do 787. Tal cenário possibilita que a Boeing estude uma forma de aumentar a sua receita financeira, e consequentemente a capacidade de obter lucros.

De acordo com analistas do Morgan Stanley, a Boeing deve aumentar a produção de 31 para 35 aviões da família 737 MAX por mês, a partir do 2º semestre de 2023. A produção do 787 também sofrerá um aumento, de três unidades por mês para seis, a partir do mesmo período.

O aumento já era estimado pela própria empresa, que alegou problemas logísticos para ampliar ainda mais a produção devido aos fornecedores, que também estão com dificuldades neste pós-pandemia.

Anteriormente o presidente-executivo da Boeing, David Calhoun, ressaltou que a empresa está encontrando uma limitação no fornecimento de motores pela CFM, que ainda está tentando escalar a sua produção.

“Se eu achasse que tinha o suprimento de motores, faria isso hoje”, disse David Calhoun, durante uma declaração de resultados da Boeing. “Nossa escolha de não subir [a produção] para 38, assim que previmos originalmente, é honestamente baseada nessa restrição”.

O presidente-executivo da empresa ainda espera que a cadeia de suprimentos sofra limitações por até cinco anos.

Estima-se que no momento a Boeing tenha mais de 100 aviões 787 Dreamliner estocados, além de outra centena de aviões da família 737 MAX. Todas essas aeronaves tiveram suas entregas bloqueadas devido aos problemas enfrentados pela Boeing desde 2019, deste modelo, a fabricante conseguirá complementar os seus números com base nestes aviões que estão parados, e evitar uma grande queda de performance no mercado antes de conseguir realmente aumentar a sua produção.

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