Sabe aquela satisfação indisfarçável de receber no conforto de sua casa um pedido feito na Amazon há cerca de 24 horas? Existe uma verdadeira operação de guerra, no sentido de minuciosa e disciplinada, para fazer isso acontecer.
A empresa está em franca expansão no Brasil. Em todos os sentidos possíveis. A métrica pode ser o volume de vendas do Prime Day, cuja terceira edição realizada em junho registrou recorde, ou a referência para o consumidor que tem o hábito de fazer compras de supermercado online, como revelado pela consultoria Dunnhumby.
Outro indicador é o apetite que a empresa tem revelado no Brasil. Em julho a Amazon comprou uma fatia de 9,68% da brasileira Total Express para ganhar mais tração nas entregas rápidas. Os termos financeiros do acordo com a Abril Comunicações S.A não foram revelados e ainda está pendente a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Economica (Cade).
"A Amazon tem um forte compromisso com o Brasil e planeja, acima de tudo, oferecer sempre a melhor experiência de compra para nossos clientes", observa Ricardo Pagani, líder das Operações da Amazon no Brasil. "Isso envolve, é claro, uma melhoria contínua de nossa infraestrutura e das nossas equipes. Mas infelizmente não podemos dar detalhes sobre nossos planos de expansão".
Quantos campos de futebol?
Os detalhes do futuro podem estar sob sigilo, mas isso não quer dizer que não seja possível pousar os olhos sobre o que já é feito no presente. "Por trás de cada pedido, há uma rede de aproximadamente nove mil trabalhadores diretos e indiretos, responsáveis pela logística, buscando que cada pacote chegue ao seu destino", explica Pagani.
A robustez da operação é mesmo impressionante. São cinco centros de distribuição em Cajamar, a 29km da capital paulista, sendo os dois maiores de 57km² e 47,5km², o que dá cerca de sete e seis campos de futebol pelas contas de Pagani. Não obstante, o estado mais populoso do País ainda tem três estações de entrega. Uma em Guarulhos, uma em Embu das Artes e outra no bairro da Lapa, na capital.
A Amazon dispõe, ainda, de outras duas estações de entrega no País, uma no Rio de Janeiro e outra em Minas Gerais. Já centros de distribuição são 12 ao todo. Além dos cinco em São Paulo, há dois em Cabo de Santo Agostinho (PE), um em Nova Santa Rita (RS), um em São João de Meriti (RJ), um em Santa Maria (DF), um em Betim (MG) e um em Itaitinga (CE).
Rotina bem estabelecida
O processo logístico começa com o descarregamento dos caminhões, quando é iniciada a preparação dos itens que estão localizados nas estações de trabalho. Na estação de inbound , onde se dão as entradas dos pedidos, a pessoa responsável recebe o produto e encaminha o próximo passo, que é colocá-lo no estoque.
Concluída esta etapa, a mercadoria física também se torna digital em nossos sistemas, à disposição dos clientes. Quando um pedido é feito no site, os funcionários realizam a coleta dos itens, que seguirão para a área de packing. Nela, eles são embalados para que possam ser enviados aos clientes.
O pacote, então, segue para a linha de Slam (do inglês, Scan, Label, Apply e Manifest). A caixa é pesada para que o sistema identifique se ela possui o peso que deveria ter, de acordo com os itens comprados. Se o pedido estiver correto, o pacote é eiquetado para que ele siga para a área de saída de produtos, o outbound. Em seguida, os pedidos são acomodados em caminhões, para que sejam enviados para as estações e parceiros de entrega.
Integra esse processo, ainda, mecanismos de garantia de qualidade e desempenho dos fornecedores do que Pagani chama de "última milha" por meio de diferentes indicadores, como rotas, tempos de transferência e tentativas de entrega. "Tudo desde o momento em que os produtos saem do nosso site logístico, e seguem as rotas indicadas, até o retorno".
Atualmente a Amazon realiza entregas em até 24 horas para clientes Prime em 10 cidades e em até 48 horas em outras mil cidades. Tudo gratuitamente conforme previsto na assinatura Prime, que, claro, ainda dá acesso ao streaming Prime Vídeo.
Fonte: https://igmais.ig.com.br/