No cenário da luta pela independência do Brasil, especificamente na Bahia, destacaram-se três mulheres autónomas e determinadas: Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica. Cada uma delas desempenhou um papel significativo na busca pela liberdade e na construção de um país independente. A seguir, apresentamos brevemente a história de cada uma delas.

Maria Felipa, nascida em Itaparica, Bahia, no final do século XVIII, foi uma guerreira negra que liderou um grupo de mulheres na defesa de sua ilha contra as tropas portuguesas durante uma guerra de independência. Ela organizou uma resistência ativa, utilizando táticas de guerrilha e estratégias militares para proteger sua comunidade. Maria Felipa e suas companheiras, conhecidas como "as amazonas de Itaparica", foram fundamentais para impedir o avanço das tropas portuguesas e para a vitória das forças brasileiras na Batalha de Itaparica, em 1823.

Maria Quitéria, nascida em Feira de Santana, Bahia, em 1792, foi outra mulher notável que se destacou durante a guerra de independência. Ela se disfarçou de homem e ingressou no exército brasileiro sob o nome de "Soldado Medeiros". Maria Quitéria participou ativamente de combates e batalhas, demonstrando habilidades militares. Sua coragem e dedicação é conhecidas em todo o país. Ela se tornou a primeira mulher a receber uma patente militar no Brasil e é considerada um símbolo da luta das mulheres pela liberdade e igualdade.

Joana Angélica de Jesus, nascida em Salvador, Bahia, em 1761, foi uma religiosa que desempenhou um papel fundamental na resistência à invasão das tropas portuguesas no Convento da Lapa, onde vivia. Durante uma luta, Joana Angélica foi morta pelos soldados inimigos enquanto defendia o convento. Sua coragem e sua dedicação  foram exemplos de resistência, inspirando outros a se unirem à luta pela independência. Seu nome é lembrado e reverenciado como símbolo de bravura e devoção à pátria.

Essas mulheres extraordinárias, Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica, foram figuras inspiradas na história da independência da Bahia e do Brasil como um todo. Com sua valentia, liderança e dedicação, elas desafiaram os estereótipos de gênero e colaboraram na construção de uma nação livre. Seus feitos e legados permanecem como exemplos de luta e empoderamento feminino, inspirando gerações futuras a buscarem a justiça, igualdade e liberdade.