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Ficção 12/06/2025

O Relógio da Praça

O Relógio da Praça

Um raro relógio de bolso sumiu do Museu da Cidade durante a troca de turno. A única visitante naquele horário era Clara, uma colecionadora conhecida por suas disputas por antiguidades. Quando os seguranças notaram o sumiço, ela já estava longe, mas voltou por vontade própria ao saber do ocorrido, jurando inocência.

Os registros mostravam Clara saindo do museu às 16h02. O sistema de vigilância, entretanto, fora reiniciado às 16h10, e a peça sumiu exatamente às 16h07. Isso a inocentava ou parecia.

O vigia noturno, Sérgio, acusou Clara diretamente. Disse que ela pediu para ver o relógio três vezes, parecia tensa, e tocou o expositor. Mas Hélvio desconfiava do excesso de informações ditas com convicção demais. Ao investigar a sala de segurança, descobriu que Sérgio havia editado o backup das câmeras com ajuda do filho, técnico de informática.

Na verdade, ele havia escondido o relógio dentro da estrutura da bancada de segurança e tentava incriminar Clara por uma venda frustrada de uma peça rara meses antes. Seu álibi era que estava na guarita o tempo todo o que as câmeras confirmavam, mas Hélvio provou que o vídeo fora gravado um dia antes.

O relógio voltou ao museu. Clara? Recebeu um pedido de desculpas público.

"Esta obra é uma ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência."


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