Paulo Roberto Costa firmou acordo de delação premiada com a Justiça e o Ministério Público em troca da redução da pena pelo envolvimento nos esquemas de desvio de dinheiro na estatal
Depois de confessar envolvimento com os esquemas de desvio de dinheiro da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, firmou acordo de delação premiada com a Justiça e o Ministério Público. Hoje, o jornalista João Sandrini, do InfoMoney, publicou que recebeu uma cópia do acordo com as informações fornecidas por Costa.
Apesar de o documento ser sigiloso, os principais trechos já haviam sido revelados pela imprensa. Sandrini, entretanto, revelou em sua coluna mais detalhes do que Paulo Roberto Costa está oferecendo à Justiça e ao Ministério Público em troca da redução de pena. De acordo com o jornalista, o ex-diretor prometeu abrir toda sua movimentação financeira, de familiares e empresas controladas "para que os procuradores possam saber se ainda há bens adquiridos com dinheiro ilícito".
Sandrini também revelou a suposta lista dos bens que Costa prometeu devolver à União, incluindo cerca US$ 23 milhões que estão em contas bancárias na Suíça em nome de parentes e empresas.
Abaixo, confira a lista completa:
- US$ 2,8 milhões em conta no Royal Bank of Canada em Cayman;
- Lancha Costa Azul, avaliada em R$ 1,1 milhão;
- Terrenos em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, avaliados em R$ 3,202 milhões;
- R$ 762 mil apreendidos em sua casa;
- US$ 181 mil apreendidos em sua casa;
- € 10.850 apreendidos em sua casa;
- Range Rover Evoque, presente de Alberto Youssef, outro delator do esquema, avaliado em R$ 300 mil.
Além dos bens e dinheiro que serão devolvidos, Costa ainda vai pagar indenização de R$ 5 milhões à União pelos crimes cometidos e se forem identificados outros bens vindos da atividade criminosa, estes deverão também ser apreendidos.