Os pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa estenderam hoje (21) a greve aos voos de longa duração depois de, nessa segunda-feira, a paralisação ter atingido as rotas nacionais, mantendo a luta com a empresa sobre as condições para a reforma antecipada.
O protesto começou às 6h e deve se estender até pouco antes da meia-noite, como foi previsto quando foi anunciada a greve na sexta-feira passada (17).
Maior companhia aérea da Alemanha, a Lufthansa cancelou 1.511 voos, afetando cerca de 166 mil passageiros em vários países.
O sindicato de pilotos Cockpit Verein informou que enviou “claro sinal” à companhia com a greve, que até esta terça-feira soma 35 horas, segundo o porta-voz Markus Wahl.
Por sua vez, o porta-voz da Lufthansa, Andreas Bartels, disse, em declaração ao canal público de televisão ARD, que é necessária "prontidão" por parte dos pilotos para continuar a negociar e acertar posturas para "resolver o conflito".
O principal ponto de desacordo entre as partes é a alteração das regras para a reforma antecipada, que poderia abranger, até agora, os 5.400 pilotos do grupo Lufthansa e que inclui a transportadora homônima, a divisão de transporte de mercadorias Lufthansa Cargo e a filial de baixo custo Germanwings.
O atual sistema permite que os pilotos deixem de trabalhar a partir dos 55 anos, com 60% do seu salário-base.
Segundo a Lufthansa, os comandantes têm a reforma antecipada, com média de 59 anos de idade, e o objetivo da companhia é atrasá-la gradualmente até os 61 anos.
Com a jornada de hoje, os pilotos somam a oitava rodada de greves da companhia desde abril.
A Lufthansa e Germanwings já cancelaram cerca de 5 mil voos devido à greve dos seus pilotos, que já afetou até agora mais de meio milhão de passageiros.