Protestantes pró-democracia ocupam ruas de Mong Kok, em Hong Kong, na China
Funcionários públicos de Hong Kong expressam no Facebook o seu apoio aos manifestantes pró-democracia, que protestam contra a recusa de Pequim de permitir eleições livres na ex-colônia britânica.
Agentes de vários departamentos – incluindo os serviços de comunicação do governo local, da polícia e Justiça – publicaram fotos com a sua identificação profissional, mas ocultando o nome.
Um pequeno texto escrito por um policial em chinês registrou cerca de 6 mil curtidas e foi partilhado cerca de 600 vezes. Na mensagem, o agente escreveu: “O meu corpo está no estômago do animal, mas o coração está com as pessoas”.
Cerca de 1.300 funcionários publicaram um anúncio no jornal Ming Pao contestando os respectivos sindicatos, que tinham criticado as manifestações no início da semana.
Instalados há quase um mês em vários pontos da cidade, e em particular na sede do governo e Parlamento, os manifestantes dizem que têm respeitado o “princípio da [expressão] pacífica e não violenta”.
Uma sondagem da Universidade Chinesa de Hong Kong mostrou, nessa quarta-feira (22), que apesar da irritação de muitos habitantes afetados pelo bloqueio de estradas e perturbações nos transportes públicos desde 28 de setembro, o apoio da opinião pública aos manifestantes era maior do que há um mês, com uma taxa de aprovação de 38% contra 31%.
Os manifestantes exigem a demissão do chefe do Executivo, Leung Chun-ying, também conhecido por CY Leung, e a instauração do sufrágio universal na próxima eleição para o cargo, em 2017.
Em agosto, Pequim decidiu que aceita o princípio do voto para todos, mas desde que mantenha o controle das candidaturas.