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Brasil 14/11/2014

PF prende outro ex-diretor da Petrobras e executivos de empresas na Lava Jato

PF prende outro ex-diretor da Petrobras e executivos de empresas na Lava Jato

Dentre os investigados, 18 já haviam sido presos de manhã e outras seis pessoas foram conduzidas para depoimento.

 

A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a prisão do ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e de outros quase 20 executivos de empresas com indícios de envolvimento em corrupção.

 

Segundo a PF, 300 policiais federais cumprem 85 mandados judiciais em cinco Estados e no Distrito Federal ao longo desta sexta-feira. A estimativa da PF é que tenham sido bloqueados cerca de 720 milhões de reais em bens de 36 investigados.

 

Dentre os investigados, 18 já haviam sido presos de manhã e outras seis pessoas foram conduzidas para depoimento.

 

O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT, responsável pela assinatura de diversos contratos da estatal, está entre os detidos, informou a PF, que não quis divulgar nomes de outras pessoas e das empresas envolvidas nesta fase da operação.

 

A Polícia Federal disse que sete companhias foram alvo de mandados de busca e de prisões.

 

"As diligências realizadas nos últimos oito meses, as quebras de sigilo e os depoimentos colhidos dão material robusto para demonstrar o envolvimento delas (empresas) na formação de cartel em licitações e também no desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", disse o delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, em Curitiba.

 

Segundo ele, estas companhias têm cerca de 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.

 

"Boa parte deles (contratos) estão sob investigação da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal", afirmou.

 

O delegado explicou que as prisões desta sexta foram concentradas em executivos que participaram ativamente na celebração de contratos e em alguns agentes secundários envolvidos no transporte de valores para doleiros e para lavagem de dinheiro.

 

Os envolvidos responderão por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

 

A defesa de Duque, ex-diretor da Petrobras, disse que ele foi preso em casa, no Rio de Janeiro, sem conhecimento de nenhuma acusação contra ele. Os advogados prometem adotar medidas após tomarem conhecimento do motivo da prisão temporária.

 

A Operação Lava Jato foi deflagrada em março, com o objetivo de desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro e a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

 

A operação já resultou na prisão do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, acusado de participação em um suposto esquema de corrupção envolvendo desvio de recursos para partidos e políticos.

 

Tanto Paulo Roberto Costa como Renato Duque foram as primeiras grandes mudanças realizadas na cúpula da Petrobras, em abril de 2012, após a presidente da estatal, Maria das Graças Foster assumir a companhia no início daquele ano.

 

Na quinta-feira, a Petrobras se viu forçada a adiar a divulgação de seu resultado do terceiro trimestre em meio às denúncias envolvendo a empresa.

 

EMPRESAS

 

A empreiteira Odebrecht confirmou, em nota, que a Polícia Federal esteve no escritório da empresa no Rio de Janeiro para cumprimento de mandado de busca e apreensão de documentos, "expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras".

 

A Odebrecht disse que recebeu os policiais, colaborou no acesso a documentos e reafirmou que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

 

A empreiteira Mendes Júnior também confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que agentes da PF estiveram em seu escritório em São Paulo, mas negou que o empresário Sérgio Cunha Mendes tenha sido preso, conforme noticiado pela imprensa, já que não está no Brasil.

 

Segundo a imprensa, outras empreiteiras foram alvo da ação da PF na manhã desta sexta. Policiais estiveram na sede da construtora Camargo Corrêa em São Paulo. Contatada, a assessoria de imprensa da empresa não fez comentários.

 

Também há notícias de incursões da PF em escritórios das construtoras OAS, Queiroz Galvão e UTC Constran.

 

A OAS e a Queiroz Galvão não comentaram. Representantes da UTC não foram encontrados para comentar.

 

Fonte: http://www.administradores.com.br/


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