O criador da rede social declarou que não deixará que extremistas ditem o que pode ser compartilhado no mundo
O ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, na última quarta-feira (7), matou doze pessoas em Paris e trouxe à tona diversas discussões sobre extremismo, liberdade de expressão e terrorismo no mundo todo. Diversas autoridades e figuras da mídia se manifestaram sobre o assunto, e em alguns países, pessoas saíram às ruas em forma de protesto.
O americano Mark Zuckerberg, criador do Facebook, também comentou a tragédia. Em seu perfil na rede social, Zuckerberg lembrou de um episódio em que um extremista islâmico tentou censurar o Facebook e afirmou que a ferramenta sempre será um lugar "onde você pode falar livremente, sem medo da violência.".
Confira o comentário na íntegra:
"Há alguns anos, um extremista no Paquistão lutou para ter me condenado à morte porque o Facebook se recusou a banir conteúdos sobre Maomé que o ofendeu.
Nós nos opusemos a isso porque vozes diferentes - mesmo se elas forem às vezes ofensiva - podem tornar o mundo um lugar melhor e mais interessante.
O Facebook sempre foi um lugar onde pessoas de todo o mundo compartilham suas opiniões e ideias. Seguimos as leis de cada país, mas nunca deixamos um país ou grupo de pessoas ditar o que as pessoas podem compartilhar todo o mundo.
Reflito sobre o ataque de ontem e minha própria experiência com o extremismo, e isso é o que todos nós precisamos rejeitar - um grupo de extremistas que tentam silenciar as vozes e opiniões de todos os outros ao redor do mundo.
Eu não vou deixar que isso aconteça no Facebook. Estou comprometido com a construção de um serviço onde você pode falar livremente, sem medo da violência.
Meus pensamentos estão com as vítimas, suas famílias, o povo da França e as pessoas de todo o mundo que optam por partilhar as suas opiniões e ideias, mesmo quando isso leva preciso coragem. #JeSuisCharlie"