De acordo com balanço da Infraero, 19,1 por cento dos voos domésticos programados entre 0h e 9h sofreram atrasos, enquanto 7,9 por cento foram cancelados
Passageiros aguardam voos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Aeronautas e aeroviários paralisaram suas atividades em aeroportos do país entre 6h e 7h da manhã desta quinta-feira, provocando atrasos e cancelamentos de voos.
De acordo com balanço da Infraero, 19,1 por cento dos voos domésticos programados entre 0h e 9h sofreram atrasos, enquanto 7,9 por cento foram cancelados. O levantamento não inclui os aeroportos de Guarulhos e Viracopos (Campinas).
Os aeroportos com maior percentual de atraso eram os de Porto Alegre e Florianópolis, ambos com mais de 50 por cento de voos fora do horário. O Santos Dumont, no Rio de Janeiro, tinha 30,8 por cento de voos atrasados, e em Congonhas, em São Paulo, o percentual de atraso era de 29,3.
Os aeroviários e aeronautas entraram em greve por aumento de salário e questões ligadas ao gerenciamento do risco de fadiga dos tripulantes e à segurança de voo.
As categorias reivindicam 8,5 por cento de reajuste salarial, enquanto as empresas apresentaram proposta de 6,5 por cento, de acordo com o Sindicato Nacional do Aeroviários.
Os trabalhadores vão realizar uma assembleia na tarde desta quinta-feira para definir se a greve deve ser estendida para o dia seguinte ou se vai haver uma suspensão temporária.
Durante a paralisação desta manhã, trabalhadores realizaram protestos com faixas no saguão de alguns aeroportos. Passageiros que tentavam embarcar tiveram de aguardar em longas filas até a volta dos funcionários ao trabalho.