A psicóloga Cláudia Mascarenhas foi a palestrante da tarde de quinta-feira (2) do VII Congresso Baiano de Pediatria, evento que começou pela manhã, no Hotel Pestana, em Salvador. Às 16h30, sua palestra aborda o Autismo e adverte sobre diagnóstico apressado em crianças.
Ela diz que é importante aperfeiçoar os métodos no acompanhamento de pessoas com autismo, mas que também é um desafio tamanho a apuração do processo de avaliação para verificar se uma criança tem a síndrome. De acordo com Cláudia Mascarenhas, se antes o problema era a dificuldade de reconhecer o autismo e encaminhar crianças para tratamento, hoje os profissionais estão sob o risco de classificá-las sem considerar os parâmetros adequados.
A psicóloga questiona que, em geral, os diagnósticos se dividem em o das crianças com transtorno espectro do autismo ou com transtorno de atenção e hiperatividade. Ela pergunta se só existem esses duas possibilidades para a grande gama de dificuldades que se apresentam. Para Cláudia, um dos erros mais comuns acontece principalmente na detecção precoce durante os três primeiros anos de vida da criança, quando ocorrem os chamados 'falsos positivos'. ""Isso quer dizer que crianças muito pequenas estão recebendo o diagnóstico por apresentarem alguns sinais fenomenológicos da síndrome, mas que não são autistas propriamente ditos"", esclarece.
Matéria original: Bahia Todo Dia