Entre os dias 14 e 16 de maio, no Teatro Jorge Amado, a Câmara Municipal de Salvador promove o Seminário do Carnaval, idealizado com o intuito de aprofundar o debate sobre a organização da maior festa popular do país. De acordo com o vereador Henrique Carballal (PT), presidente da Comissão Especial do Carnaval, a ideia é ouvir os diversos segmentos envolvidos na festa para subsidiar as decisões e novas legislações referentes ao carnaval baiano. Dez temas já foram definidos para as mesas redondas, que serão presididas por vereadores e contarão com a presença de pessoas ligadas aos assuntos, incluindo artistas, representantes de entidades carnavalescas e empresários. O encontro, que acontece das 09 às 17h, é gratuito e aberto ao público, até o limite de lotação do teatro.

Na primeira mesa redonda, cujo tema é “Organizando os Desfiles”, estarão presentes Vovô do Ilê, o carnavalesco Adolfo Nery e o professor Paulo Miguez, que debaterão como o atual modelo de desfile de artistas e blocos pode ser melhor estruturado. Na sequência será a vez de analisar os impactos da festa sobre a Copa do Mundo e a possibilidade de realização de duas edições do carnaval em 2014. Em “A Copa e o Carnaval”, o principal debatedor será o secretário da SECOPA, Ney Campelo.

No segundo dia do encontro, as discussões começam com o envolvimento dos poderes públicos na festa. “Governança. Um desafio público e privado” contará com a presença do Secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador, Guilherme Belintani, e do presidente do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador, Pedro Costa. Depois será a vez da mesa “Carnaval para baianos e turistas”, com José Alves, da Salvatur, e o pesquisador Marcos Alban.

Nesse mesmo dia acontece aquele que talvez seja o mais importante encontro do evento. Alex Martins, coordenador do Carnaval do Rio de Janeiro, se reúne com André Correia, presidente da EMPETUR (Pernambuco) e Claudia Lima, da SALTUR, no debate “Salvador, Recife e Rio. Carnavais em transformação”, cujo foco principal é avaliar casos de sucesso e projetos focados na festa. E para fechar o segundo dia, acontece a mesa “Carnaval, Cultura e Entretenimento”, com o Presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, o Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, e o empresário Clínio Bastos, executivo do Camarote Marketing. Nesse bate-papo será abordada a imagem da folia enquanto patrimônio cultural e popular.

Com a palavra, os artistas

Para encerrar o ciclo de debates, nada mais justo que ouvir a opinião de quem faz a festa: os artistas. E nomes de peso estarão entre os convidados do terceiro dia do Panorama do Carnaval. Abrindo as discussões, “Espaço Público. Novas opções para o carnaval de rua”, com Eliana Dumet, Direitora de Eventos da SALTUR, Alberto Pita e o empresário Ricardo Lélis. A segunda mesa redonda, “Carnaval em movimento - do Afródromo às Fanfarras”, reúne Sergio Bezerra e José Luis Arerê, Presidente da UNISAMBA, em torno do conceito de mobilidade da folia e sugestões para continuar se expandindo.

Em “Novos rumos para o Carnaval de Salvador”, o empresário Joaquim Nery, senta ao lado de João Gomes e João Jorge, Presidente do Olodum, para, a partir dos debates anteriores, propor alternativas de revitalização do carnaval de Salvador. E fechando os encontros três convidados especiais: Daniela Mercury, Gerônimo e Haroldo Macêdo debatem o tema “Carnaval da Bahia - Que loucura essa mistura!”, partindo do ponto de vista de quem faz a festa acontecer e porque esse movimento cultural tem tanta força entre os baianos. Também são esperados o governador Jacques Wagner e o prefeito de Salvador, ACM Neto.

Outros assuntos correlacionados ao carnaval também serão incluídos nos debates, como o programa Ouro Negro, o carnaval nos bairros populares, a estrutura da festa, os circuitos oficiais e blocos de travestidos. “Todos os vereadores devem participar, porque essa é a hora de discutir a organização do Carnaval, para que a festa seja de fato democrática e garanta a geração de emprego e renda em nossa cidade”, revela Carballal, frisando que tanto a prefeitura quanto o governo estadual participarão ativamente do processo de discussão.