Petrobras registra lucro líquido de R$ 32,7 bilhões
A Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões (US$ 6 bilhões) no terceiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 23% em relação ao trimestre anterior. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento da produção de óleo e gás, que alcançou 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), consolidando o trimestre como um dos mais fortes da companhia nos últimos anos.
O desempenho operacional robusto resultou em um Fluxo de Caixa Operacional de R$ 53,7 bilhões (US$ 9,9 bilhões) e um Ebitda ajustado de R$ 63,9 bilhões (US$ 11,7 bilhões). Excluindo efeitos extraordinários, o lucro líquido foi de R$ 28,5 bilhões (US$ 5,2 bilhões) e o Ebitda ajustado chegou a R$ 65,1 bilhões (US$ 12 bilhões), beneficiados também por uma leve alta de 2% no preço do Brent em comparação ao trimestre anterior.
Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Fernando Melgarejo, o resultado reflete o esforço contínuo da companhia em eficiência e inovação. “A Petrobras está gerando resultados consistentes e devolvendo valor à sociedade e aos seus acionistas. Reduzimos paradas, elevamos a eficiência e atingimos recordes de produção em unidades como o FPSO Almirante Tamandaré, que superou sua capacidade nominal. Esses avanços traduzem o compromisso com a sustentabilidade e a geração de valor”, afirmou o executivo.
Durante o trimestre, a empresa retornou R$ 68 bilhões à sociedade em tributos federais, estaduais e municipais. No acumulado de 2025, o montante chega a R$ 200 bilhões, reforçando o papel da Petrobras como uma das principais contribuintes do país. Além disso, foram aprovados R$ 12,16 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, beneficiando acionistas e fortalecendo a política de distribuição de resultados.
A dívida líquida manteve-se estável em US$ 59,1 bilhões, mesmo com novas captações destinadas ao fortalecimento do caixa. O investimento total no trimestre somou R$ 30 bilhões (US$ 5,5 bilhões), elevando o acumulado do ano a R$ 78,8 bilhões (US$ 14 bilhões). A maior parte foi direcionada ao segmento de Exploração e Produção, com destaque para o desenvolvimento de campos do pré-sal, como Búzios, Atapu e Sépia, e à construção de novos FPSOs.
No Refino, os aportes se concentraram na Refinaria Abreu e Lima e em paradas programadas, enquanto no segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono os investimentos foram voltados à manutenção e à modernização de térmicas.
Entre os destaques operacionais, a produção de óleo e gás teve aumento de 5% em relação ao 2T25 e 17% frente ao mesmo período de 2024. O FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, alcançou 200 mil barris por dia (bpd), 20 mil acima da capacidade nominal. Já o FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, atingiu 225 mil bpd em agosto, três meses antes do previsto, e chegou a uma vazão recorde de 270 mil bpd em outubro, sem necessidade de novos investimentos.
No setor de refino, o Fator de Utilização Total (FUT) das refinarias foi de 94%, com 69% do volume voltado a combustíveis de alto valor agregado, como diesel, gasolina e QAV. Foram assinados cinco contratos para o Projeto Refino Boaventura, que integrará a Reduc ao Complexo de Energias Boaventura, ampliando a produção de derivados premium e reduzindo a dependência de importações.
Outro marco foi o recorde de exportações de petróleo, que atingiram 814 mil barris por dia, ultrapassando 1 milhão de barris diários quando somados aos derivados. No mercado livre de gás natural, a Petrobras alcançou 6,5 milhões de m³ por dia contratados, representando 65% do mercado nacional, o que reforça sua competitividade no novo cenário energético.
Os resultados do terceiro trimestre de 2025 confirmam a solidez financeira e operacional da Petrobras, que avança em eficiência, sustentabilidade e inovação, mantendo-se como um dos pilares estratégicos da economia brasileira e uma referência global no setor energético.
Fonte: https://modaisemfoco.com.br







