Show que mistura axé e orquestra
Cacique e Orquestra Ouro Preto unem percussão e cordas em noite inesquecível
O cantor, compositor e percussionista baiano Carlinhos Brown se apresenta neste sábado, 18, ao lado da Orquestra Ouro Preto, no concerto Afrossinfonicidade, novo projeto do artista que une o batuque da Bahia às cordas sinfônicas.
A apresentação será na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, às 19h, em celebração à música brasileira. Os ingressos custam R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia entrada).
O repertório do concerto traz uma fusão de linguagens. Estão previstas canções que marcaram a trajetória de Brown, como Amor I Love You, Já Sei Namorar e Vilarejo.
Ao lado delas, aparecem ainda composições de tom mais introspectivo de outros artistas, como Segue o Seco, Maria de Verdade e E.C.T. Hinos dançantes como Quixabeira e A Namorada também entram no programa, com novos arranjos de Paulo Malheiros.
Segundo Brown, a seleção das músicas foi feita considerando o potencial sinfônico das canções.
“Escolhemos para o repertório canções que fazem parte de toda a minha carreira como compositor. A definição das músicas se deu a partir do teor sinfônico, o que facilita o processo de criar novos arranjos orquestrais. E Paulo Malheiros fez isso brilhantemente, unindo esses universos e mantendo os instrumentos de percussão”, explica o artista.
O maestro da Orquestra Ouro Preto, Rodrigo Toffolo, contou que um dos principais desafios da apresentação foi o equilíbrio entre os dois universos musicais.
“O maior desafio está no equilíbrio sonoro e no fato de o mundo sinfônico ter que pensar um pouco mais livremente, enquanto o mundo pop pensa um pouco mais rigidamente. Os ensaios são sempre oportunidades de testar esse balanço e trabalhar a cada dia a naturalização desta fusão musical”, detalha o maestro.
Quem conhece o trabalho de Brown, sabe que ele é participativo e entusiasmado com o que faz. Toffolo destaca que o trabalho com ele foi e é colaborativo em todos os aspectos do concerto, desde a escolha do repertório até os arranjos e a direção da percussão. “Todo processo foi feito junto com Carlinhos, não só em relação aos arranjos, mas também ao repertório e à direção da percussão. Um projeto feito a quatro mãos, no sentido mais singelo da expressão, um encontro real entre mundos que está gerando um encontro único”, explica.
Fonte: https://atarde.com.br