Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostra que o tradicional 'PF', o prato feito com arroz, feijão, proteína e salada, pode variar entre R$ 10 e R$ 56 no país. O levantamento considerou preços de 246 estabelecimentos em quatro capitais: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS).
A maior variação no valor do prato feito, de 460%, foi vista em Salvador, onde foi encontrado entre R$ 10 e R$ 56. O Rio de Janeiro vem logo em seguida, com uma variação de 380%, entre R$ 10 e R$ 48.
Em Porto Alegre, o PF mais barato foi observado a R$ 15, enquanto o mais caro a R$ 48, variação de 220%. A menor diferença se deu em São Paulo, com a refeição entre R$ 13 e R$ 29,99, variação de 131%.
"Se multiplicarmos essa diferença por dias úteis do mês (22 dias em média para o ano de 2022), nos quais, normalmente, as pessoas fazem refeições fora de casa, ela chega a R$ 373,78 em São Paulo e R$ 1.012 em Salvador. Nessa lógica, em um ano, a economia em São Paulo é de até R$ 4.111,58 e na Bahia, R$ 11.132, considerando 11 meses, visto que o trabalhador tem um mês de férias no ano", destacou a Proteste.
Os valores foram coletados nas quatro capitais entre os dias 1º e 11 de setembro deste ano. Em Salvador, a média é de R$ 24,85; em Porto Alegre, R$ 24,35; no Rio de Janeiro, R$ 23,09; e em São Paulo, R$ 18,44.
Segundo a Proteste, para economizar, além da pesquisa clássica de preços, o consumidor pode adotar algumas práticas, entre elas se informar sobre programas de fidelidade, como cartões em que se ganha uma refeição grátis após determinado tempo de consumo no estabelecimento.
Outra estratégia é buscar restaurantes que tenham convênios com o local de trabalho, com a oferta de descontos, assim como consultar o garçom se há promoções do dia não listadas no cardápio.
Mariana Rinaldi, especialista da Proteste, também aconselha a passear mais pela região onde se deseja comer, já que o valor pode variar significativamente em locais próximos. Na região central de São Paulo, por exemplo, em uma distância de 210 metros, é possível pagar R$ 13,99 ou R$ 23,90 no prato feito.
"Os preços variam muito por conta da competição entre os pontos de venda, a sazonalidade dos alimentos, até mesmo o porte. Tudo isso influencia no preço. É muito importante o consumidor se disponibilizar a sair um pouco dos locais que já conhece e é acostumado a frequentar, ter essa disponibilidade de conhecer e explorar as redondezas", colocou.
Outra possibilidade é aderir às marmitas, levando comida de casa para o trabalho, segundo a Proteste. O economista da Fundação Getúlio Vargas, Alberto Ajzental, levantou o preço médio de três modelos de refeição feitos no lar, com os seguintes itens: arroz, feijão, ovo, óleo, alface e tomate.
No modelo sem carne, o custo dos alimentos fica em R$ 3,08. Com uma carne de segunda, o valor chegou a R$ 7,58. Na marmita que contém carne de primeira, o preço vai para R$ 10,58.
Fonte: https://www.modaisemfoco.com.br/