O Clube do Baralho de Mar Azul era conhecido pelas competições acirradas e apostas discretas. Quando uma carta rara da coleção do presidente do clube desapareceu, o único com acesso ao cofre era Lúcio, o vice-presidente. Coincidência ou não, ele havia sido acusado tempos atrás de um roubo parecido.

Câmeras mostravam Lúcio próximo ao cofre na noite anterior. Seu histórico e as imagens o colocavam na mira de todos. No entanto, Hélvio notou que a carta roubada não era a original, mas uma réplica mal feita e isso era uma pista.

Ele visitou o antigo restaurador do clube, Augusto, que mantinha uma rivalidade velada com o presidente e havia prometido "dar uma lição" após ter sua proposta de restauração recusada. Augusto negou tudo, e apresentou um álibi: dizia estar em um torneio online à noite, com dezenas de testemunhas.

O detalhe que entregou Augusto? O uso de tinta acrílica moderna para envelhecer a carta técnica exclusiva dele, que Hélvio reconheceu de uma exposição anterior. Ele havia forjado a réplica, plantado a carta falsa e escondido a verdadeira atrás de um painel que pintara no próprio clube. Lúcio era inocente.

"Esta obra é uma ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência."