Mulheres com endometriose agora contam com duas novas opções de tratamento hormonal pelo Sistema Único de Saúde (SUS): o DIU liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e o anticoncepcional desogestrel. Os medicamentos foram incorporados após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
De acordo com o Ministério da Saúde, o DIU-LNG ajuda a suprimir o crescimento do tecido endometrial fora do útero, sendo indicado especialmente para mulheres com contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais combinados. Uma vantagem é que sua troca só é necessária a cada cinco anos, o que favorece a continuidade do tratamento.
Já o desogestrel atua bloqueando a atividade hormonal e pode reduzir a dor e a progressão da doença. O medicamento poderá ser utilizado logo na primeira avaliação médica, antes mesmo da confirmação por exames.
A liberação dos tratamentos na rede pública depende da atualização dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da endometriose.
O que é a endometriose?
A endometriose é uma doença inflamatória crônica em que o tecido semelhante ao que reveste o útero cresce em locais como ovários, intestino e bexiga, causando dor, inflamações e, em alguns casos, infertilidade.
Os sintomas mais comuns incluem cólicas menstruais intensas, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, dificuldades para engravidar e alterações intestinais ou urinárias cíclicas.
Estima-se que a condição atinja cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva no mundo. No Brasil, a procura por diagnóstico e tratamento cresceu nos últimos anos. O SUS registrou aumento tanto no número de atendimentos quanto nas internações relacionadas à doença.
Informações da Agência Brasil
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