O Bahia viveu uma noite para esquecer no estádio Maião, neste domingo, ao ser derrotado pelo Mirassol por 5 a 1, em partida válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado interrompeu a sequência invicta de nove jogos do Tricolor e escancarou fragilidades que não apareceram em compromissos anteriores.

Logo nos primeiros minutos, a equipe comandada por Rogério Ceni demonstrou dificuldade em controlar as ações ofensivas do adversário. O Mirassol explorou falhas defensivas, impôs velocidade e rapidamente abriu vantagem no placar. A cada ataque, a defesa baiana se mostrava vulnerável, e a reação esperada não aconteceu. O Bahia esteve apático e sem poder de reação, permitindo que o rival ampliasse a diferença até transformar o confronto em goleada.

Após o apito final, Rogério Ceni não escondeu a frustração. Em entrevista coletiva, o treinador assumiu a responsabilidade pelo revés e destacou que a decisão de escalar titulares acabou sendo determinante para o desempenho ruim. “É a primeira vez que tenho uma derrota desse tamanho na carreira. Talvez tenha pesado a escolha de manter a base principal em campo, e isso custou caro”, reconheceu.

A autocrítica de Ceni vem em um momento delicado, já que o Bahia vinha em ascensão e acumulava bons resultados no campeonato. O técnico ressaltou que, apesar do baque, a equipe precisa reagir rapidamente para não comprometer seus objetivos na competição. “É um resultado duro, que machuca, mas temos de levantar a cabeça, analisar os erros e pensar no próximo desafio”, afirmou.

A torcida, acostumada a ver um time competitivo nos últimos jogos, foi pega de surpresa pelo desempenho irreconhecível. O vexame, porém, pode servir como alerta para ajustar estratégias e recuperar a confiança. Agora, o desafio do Bahia será transformar a decepção em combustível para retomar o caminho das vitórias e mostrar que a goleada sofrida foi apenas um acidente de percurso.