As 100 marcas mais valiosas do mundo somam atualmente US$ 3,3 trilhões
A décima edição do ranking BrandZ Top 100 Marcas Globais Mais Valiosas, apresentado pela WPP e pela Millward Brown, relevou que a Apple reconquistou o título de marca mais valiosa do mundo 2015 e superou a Google, que obteve a primeira posição no ano passado.
Com um aumento de 67% em apenas um ano, o valor de marca da Apple atingiu US$ 247 bilhões, enquanto o Google, que foi para a segunda colocação, cresceu 9% e chegou a US$ 173,7 bilhões. Já a marca Microsoft – que foi a primeira colocada em 2006 –, hoje se encontra na terceira posição com um valor de US$ 115,5 bilhões, o que representa um crescimento de 28% no período.
O sucesso do iPhone 6 foi o que levou a Apple a esse crescimento extraordinário, ao mesmo tempo em que o novo AppleWatch se provou altamente popular. "A Apple continua liderando a sua categoria, ao inovar e gerar benefícios reais aos consumidores; conectando de maneira consistente suas necessidades emocionais e racionais para fazer a vida dos usuários mais fácil, de forma divertida e relevante. A Apple tem uma promessa de marca muito clara e é através dela que reforça a sua mensagem e sustenta os diferenciais que a fazem ser tão desejável”, afirma Doreen Wang, Diretora Global da Millward Brown BrandZ.
O valor total das Top 100 marcas obteve um crescimento de 126% desde a primeira edição do ranking, há 10 anos, e hoje soma US$ 3,3 trilhões, número 14% superior ao total registrado em 2014.
Quanto às principais conclusões do estudo, estão elencadas:
- Tecnologia é a categoria de crescimento mais rápido, tendo avançado 24% no último ano. As marcas do setor no Top 100 valem mais de US$ 1 trilhão, praticamente um terço do valor de todo o ranking.
- Facebook é a marca mais rápida em crescimento, com 99% de aumento em apenas um ano, alcançado por meio de sua estratégia bem sucedida de adquirir outros aplicativos (apps) sociais como Instagram e WhatsApp, e a habilidade de saber capitalizar muito bem suas plataformas.
- O valor das marcas de comércio eletrônico ultrapassa as marcas de varejo, o que é claramente demonstrado com a entrada da Alibaba pela primeira vez no ranking direto para a 13ª posição, ultrapassando ambos Amazon e Walmart – o líder do e-commerce chinês Alibaba ingressa no ranking, com um valor de US$ 66,4 bilhões. É interessante notar que as marcas mais valiosas do varejo, Alibaba e Amazon, que tem presença exclusiva online, são agora mais valiosas do que o Walmart, que tem mais de 11 mil lojas físicas em todo o mundo.
- Marcas mais fortes entregam maior retorno para os acionistas. Nos últimos 10 anos, a mensuração das marcas mais fortes do BrandZ ™ Top 100 como um “portfólio de ações", demonstra que o valor das ações das empresas do ranking tem aumentado três vezes mais do que o índice MSCI World Index e quase dois terços a mais que o S&P500.
As marcas europeias estagnaram, enquanto chinesas despontam e americanas reaparecem. O número de marcas chinesas no ranking continua crescendo, nessa edição são 14 representantes entre as Top100, em comparação com apenas uma marca na primeira edição, o que representa um aumento de 1004% em valor. Já as marcas americanas cresceram 137% nos últimos 10 anos (15% a mais que o ano passado), enquanto a Europa registrou apenas 31% de crescimento (e uma queda de -9,3% no último ano). Somente 24 marcas europeias estão no ranking hoje, sendo que eram 35 na primeira edição. Isso representa uma mudança de Ocidente para Oriente, já que a maioria das marcas que saíram dos Top100 são europeias e foram substituídas principalmente por marcas chinesas.
“Esta é a décima edição do ranking, por isso decidimos analisá-lo e revelar as descobertas e aprendizados que podem fazer a diferença no futuro das marcas. A consistência que observamos em todo esse tempo é que as marcas que entendem o consumidor e que conseguem criar uma proximidade, oferecendo algo relevante e de forma diferenciada, são aquelas que realmente crescem. Para as marcas da América Latina, que mais uma vez não foram mencionadas no ranking 2015, o grande desafio fica bem claro: Expandirem sua atuação além da região e se tornarem efetivamente marcas globais”, afirma Gonzalo Fuentes, CEO da Millward Brown na América Latina.
"Alcançar um lugar no ranking ou manter-se nele não é uma questão simples. Nesses 10 anos, observamos como as marcas que tem conseguido permanecer entre as Top 100 são aquelas que foram consistentes com o seu propósito de marca ao longo do tempo e centraram-se no consumidor como o seu motor de origem”, completa Valkiria Garre, CEO da Millward Brown no Brasil.
A apresentação-streaming de vídeo dos resultados do estudo em Português está disponível no site. O relatório BrandZ Top 100 e o ranking completo, além do conteúdo para as principais regiões no mundo e os 14 diferentes setores estão disponíveis online aqui. Um novo aplicativo interativo está disponível de maneira gratuita para iOS e Android no site, bem como para download na Apple Store e no Google Play.