O objetivo é levar a tecnologia para a indústria aeronáutica, com a possibilidade de benefícios financeiros e para o meio ambiente
Em uma ou duas décadas, poderemos ter aeronaves inteiramente funcionais que utilizam energia elétrica para voar. Pode parecer impossível, mas está nos planos da Nasa. A chegada de um demonstrador experimental em um dos centros de pesquisa da instituição, pode indicar uma mudança estrutural na aeronáutica do futuro. O projeto LeapTech testará a premissa de que uma integração mais forte entre fuselagem e propulsão, que seria possível através de energia elétrica, poderá fazer aviões voarem sem depender de combustíveis derivados do petróleo.
A promessa é de uma tecnologia eficiente, segura, e acompanhada de benefícios financeiros e para o meio ambiente. Nos próximos meses, a Nasa fará testes de campo com os novos equipamentos e tecnologia. O projeto LeapTech, essencialmente, é uma asa de avião anexada a uma espécie de caminhão, funcionando a partir de 18 motores que utilizam energia vinda de baterias de lítio fosfato de ferro. Cada um dos motores pode ser operado independentemente, inclusive enm velocidades diferentes, visando otimizar a performance.
Os resultados dos testes guiarão o desenvolvimento do design do motor e fuselagem necessárias para que uma aeronave elétrica chamada de X-plane seja montada e colocada para voar, em 2017, pelos planos na Nasa. O objetivo em longo prazo é popularizar essa tecnologia na indústria aeronáutica. Os benefícios seriam redução do uso de combustíveis fósseis, melhora na qualidade e estabilidade dos vôos e diminuição do barulho produzido por motores das aeronaves. O LeapTech começou em 2014, em parceria com duas empresas da Califórnia, a Empirical Systems Aerospace e a Joby Aviation. A primeira é responsável pela integração dos sistemas e a segunda, pelo design e manufatura dos motores elétricos, asas de fibra de carbono e hélices.