A Apple acaba de anunciar em seu evento realizado hoje (12) em Cupertino, EUA, seu mais novo e poderoso smartphone, o iPhone X (leia "iPhone 10"). O dispositivo é uma edição comemorativa para o décimo aniversário da linha iPhone, que começou sua história em 2007, com Steve Jobs no palco. Como o cofundador da Apple não está mais entre nós, o palco de hoje foi nomeado em sua homenagem: Steve Jobs Theater.
O maior destaque do iPhone X é certamente o seu novo design. Desde 2014, a Maçã não lança um iPhone com mudanças significativas na aparência, mas o modelo de 2017 chega para acabar com esse jejum. O dispositivo tem um corpo praticamente todo construído em vidro, mas ainda conserva uma moldura metálica. Fora isso, a face frontal do celular é quase toda ocupada pelo display OLED de 5,8'' (2436x1125 e 458 ppi), cantos arredondados e um corte peculiar na parte de cima para abrigar a câmera frontal e alguns sensores.
Fim do botão home
Esse celular também é o primeiro iPhone a não contar com um botão home físico/capacitivo. Isso porque o display cresceu e eliminou quase que completamente as bordas superior e inferior. Em vez do Touch ID, agora temos o Face ID para garantir a segurança dos usuários. A Apple não revela, mas parece que a empresa assim como a Samsung não conseguiu embutir o sensor de digitais diretamente na tela como era supostamente planejado.
Fora isso, a Apple teve que personalizar o iOS 11 especialmente para esse dispositivo. Para voltar para a tela inicial do aparelho, por exemplo, é necessário fazer um gesto no display de baixo para cima. Para fazer multitarefa, você para o movimento no meio do caminho.
Mas o que realmente mudou aqui foi o sistema de identificação biométrica. Em vez do Touch ID, agora temos o Face ID. Ele identifica detalhes do rosto do usuário, com uma série de sensores, o que inclui a câmera frontal e uma câmera infravermelha para profundidade.
Segundo a Apple, não é possível enganar o sistema usando fotos ou mesmo máscaras criadas com as melhores tecnologias usadas em Hollywood. O sistema ainda usa aprendizado de máquina para que, com o tempo, o Face ID se adapte às mudanças no seu rosto. Ou seja, não importa o estilo de cabelo, barba ou óculos que você tenha, não será necessário recadastrar a biometria. Essa novidade também é utilizada para o Apple Pay.
Esse conjunto de sensores para rastreamento facial também pode ser usado para outras aplicações. Por exemplo, foram demonstradas novas máscaras para o Snapchat, mas os Animojis para o Apple Messages são mais interessantes.
O X é um dos primeiros iPhones a contar com carregamento sem fio. Acredita-se que foi por isso que a fabricante resolveu voltar para o vidro na tampa traseira, uma vez que os padrões mais tradicionais de carregamento wireless não funcionam através de ligas metálicas.
Câmeras
O celular da Apple ainda conta com vários recursos inéditos de câmera bem promissores, mas só poderemos dizer se o novo celular tem poder para competir com Galaxy Note 8 e Google Pixel quando as primeiras amostras de captura de imagem começarem a aparecer na web.
De qualquer maneira, o smartphone conta com um sistema duplo de câmeras, cada um com 12 MP (f/1.8 + f/2.4) e ambas com estabilização óptica, a exemplo do que vimos no Galaxy Note 8. No novo iPhone, entretanto, elas são usadas para coisas diferentes. Há várias opções de efeitos de iluminação, e eles podem ser aplicados em tempo real, enquanto você enquadra as imagens. A Apple compara esses recursos com condições de iluminação profissionais.
De fato são efeitos interessantes, especialmente aquele que escurece completamente o entorno do usuário, deixando apenas seu rosto em destaque. É o novo modo retrato que as fabricantes menores começarão a copiar a partir de agora.
É interessante notar ainda que boa parte desses efeitos estarão disponíveis para a câmera de selfies também, que vai ser auxiliada pelo sensor infravermelho que detecta profundidade.
É possível capturar vídeo em 4K e executar esse conteúdo na tela HDR do iPhone X, que ainda conta com som estéreo melhorado na comparação com a versão anterior do celular.
Realidade aumentada
Outro aspecto importante do novo iPhone é o iOS 11 com suas capacidades para realidade aumentada. A Apple lançou na metade deste ano o ARKit, uma plataforma básica para desenvolvedores construírem apps nesse sistema e, já no lançamento, é possível utilizar uma série de recursos interessantes.
Especificações reveladas
Como de costume, a Apple não revelou detalhes mais técnicos acerca da memória RAM, mas espera-se que o novo celular tenha 3 GB. O processador, o Apple A11 Bionic, é o primeiro em sua categoria, segundo a fabricante e deve contar um desempenho muito bom, provavelmente à frente dos concorrentes. Ele possui dois núcleos de alto desempenho, quatro desenvolvidos para economizar energia e a primeira GPU desenvolvida 100% pela própria Apple.
Haverá duas opções de armazenamento: 64 GB e 256 GB. Aquela opção de 512 GB especulada antes do lançamento não se confirmou. É bom mencionar também o Bluetooth 5.0, que apareceu no mercado inicialmente no Galaxy S8 e permite conectar mais de um dispositivo ao mesmo tempo.
Conforme o celular chega às mãos da imprensa e dos primieiros compradores, teremos mais detalhes acerca do dispositivo.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br