A Bahia tem motivos de sobra para comemorar seus avanços no setor cacaueiro e na produção de chocolate. Maior produtora de cacau e principal exportadora de seus derivados no Brasil, o estado vem conquistando reconhecimento mundial pela qualidade do seu chocolate. Os dados do primeiro semestre de 2025 comprovam essa evolução: foram US$ 254 milhões em exportações, um crescimento expressivo de 41,32% em relação ao mesmo período de 2024.
Esse resultado é fruto do esforço conjunto entre os produtores e as políticas públicas de incentivo à modernização, sustentabilidade e valorização da cadeia produtiva, lideradas pelo Governo do Estado por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).
O secretário Pablo Barrozo destaca que o cenário atual é fruto de um trabalho comprometido e inovador: "Com políticas assertivas, novas tecnologias de produção e controle fitossanitário, o setor tem alcançado altos níveis de competitividade e reconhecimento internacional. O chocolate baiano é mais que um alimento querido: é símbolo de tradição, inovação e desenvolvimento sustentável".
Esse reconhecimento se reflete também nas premiações. Em 2024, marcas do Consórcio Cabruca, do Sul da Bahia, conquistaram 15 medalhas na Academy of Chocolate, em Londres a mais importante premiação internacional do setor.
Na base dessa conquista estão histórias de superação, como a do produtor Fausto Pinheiro, que preside a Câmara Setorial do Cacau. Nascido em Ilhéus, ele viu de perto a bonança e a crise provocada pela vassoura-de-bruxa. Hoje, lidera uma nova era na qual a Bahia é o único lugar do mundo com cadeia produtiva completa da planta à barra. "Com tecnologia, diversificação e melhoramento genético, deixamos de ser apenas fornecedores de matéria-prima para agregar valor com chocolates finos e nibs 100% cacau", afirma Fausto.
A excelência baiana impulsiona as exportações para mercados exigentes como Argentina, Estados Unidos, Chile e Holanda. No Sul, o modelo Cabruca e Orgânico gerou frutos finos e aromáticos. No Oeste, o uso de clones selecionados, irrigação e alta densidade eleva a produtividade a até 3.000 kg por hectare dez vezes a média nacional.
"Da cabruca às fazendas high-tech, da fermentação artesanal aos prêmios internacionais, a Bahia adota um modelo onde volume e qualidade coexistem. Estamos transformando desafios em oportunidades e consolidando o Brasil como potência mundial no setor", conclui Assis Pinheiro Filho, diretor de Desenvolvimento da Agricultura da Seagri.
Fonte: http://www.seagri.ba.gov.br