Seu celular ficou ultrapassado e você acaba de trocar por um mais completo. Ou a vida útil da bateria já acabou e você substituiu por uma nova em folha. E o que você faz com a velharia? Joga no fundo da gaveta? Ou pior ainda, no lixo comum? Pois pare e repense. Além de oferecer riscos à saúde e ao meio ambiente, se todos continuarem a agir assim, muito em breve estaremos soterrados pelo lixo eletrônico. Literalmente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que este ano o volume deste tipo de resíduo no mundo chegue a 50 milhões de toneladas, sendo que 90% deste total não é corretamente tratado. No Brasil, essa estimativa é de 1,4 milhão de toneladas, com reciclagem de apenas 2%. Desde 2010 o país conta com uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas sem a mudança de hábito da população, a logística reversa não funciona.
Além do impacto ambiental, com riscos de contaminação do solo e dos lençóis freáticos, colocando em perigo a saúde da população, a destinação incorreta também traz prejuízos econômicos: muitas das peças poderiam ser reaproveitadas nos cerca de 500 milhões de aparelhos eletrônicos que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, devem estar esquecidos em casa, sem utilidade.
As matérias-primas mais utilizadas na fabricação dos celulares são ouro, prata, estanho e paládio, além de outros metais preciosos extraídos da natureza, explica a consultora de Sustentabilidade da Vivo, Adriane Mara Ribeiro. Hoje estes equipamentos são 100% recicláveis, inclusive com tecnologia para extração dos metais das placas, baterias e displays.
Pioneiro no setor, o programa Recicle com a Vivo, lançado em 2006, já recolheu 4,8 milhões de itens entre acessórios, pilhas e aparelhos, alcançando 100 toneladas. Qualquer usuário, cliente ou não, pode depositar os aparelhos e acessórios nos pontos de coleta em lojas próprias ou revendas em todo o Brasil, diz Adriane. Todos os produtos passam por triagem e são enviados para a reciclagem de forma apropriada.
O reaproveitamento de resíduos eletrônicos se estende aos equipamentos de telefonia fixa também, sem uso ou com defeito, e que podem ser recuperados e entrar novamente em operação. Apenas em 2016, foram recebidas 607 toneladas de materiais. E não precisa nem sair de casa para colaborar para um mundo mais sustentável: basta acessar o site e agendar a retirada.
Fonte: http://dialogando.com.br