O Ministério da Saúde confirmou oito casos da nova variante do coronavírus, batizada de XFG, em território brasileiro. Os registros foram feitos em dois estados: seis no Ceará e dois em São Paulo. Embora a variante já tenha sido identificada em pelo menos 38 países, até o momento não há registros de óbitos relacionados à nova cepa.
A variante XFG é uma ramificação da linhagem JN.1, que vem sendo monitorada desde o fim de 2023. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora a XFG esteja se espalhando rapidamente em regiões como o Sudeste Asiático, onde já representa a maioria dos casos, o risco global ainda é considerado baixo. Nas Américas, o avanço foi significativo: a presença da variante passou de 7,8% para 26,5% dos casos em poucas semanas.
Sintomas e mudanças no quadro clínico
Desde o início da pandemia, os sintomas da Covid-19 têm apresentado alterações. Atualmente, os quadros clínicos das novas variantes se parecem mais com sintomas gripais. Os sinais mais comuns incluem coriza, dor de garganta, tosse e dor de cabeça. Em casos leves, a febre tem se tornado um sintoma menos frequente.
Curiosamente, infectados por variantes relacionadas à JN.1, como a XFG, também têm relatado efeitos menos usuais, como insônia e sensação constante de preocupação ou ansiedade sintomas que se somam ao mal-estar físico.
A importância da vigilância e da vacinação
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil mantém um monitoramento contínuo por meio de sequenciamentos genômicos, que possibilitam a rápida identificação de novas variantes e a resposta adequada às mudanças no cenário epidemiológico.
A vacinação continua sendo o principal escudo contra complicações graves e óbitos. A vacina da Covid-19 faz parte do calendário nacional de imunização e é recomendada especialmente para crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades. O imunizante continua sendo distribuído em todo o país, com reforços periódicos para grupos prioritários.
Diante da circulação da variante XFG, autoridades reforçam a importância de manter o esquema vacinal atualizado, adotar medidas preventivas em ambientes fechados e buscar atendimento médico em caso de sintomas persistentes.