Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) reacende a preocupação global sobre o impacto do consumo de carnes processadas na saúde humana. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), órgão vinculado à OMS, alimentos como salsicha, linguiça, bacon, presunto e salame foram classificados no Grupo 1 de substâncias comprovadamente cancerígenas para humanos, mesma categoria que inclui o cigarro e o amianto.
Essa classificação significa que há evidências científicas consistentes de que o consumo frequente desses produtos pode aumentar significativamente o risco de desenvolvimento de câncer colorretal, além de possíveis associações com câncer de pulmão e mama. Estudos recentes indicam que a ingestão habitual desses alimentos pode elevar em até 22% o risco de câncer no reto e em 21% o risco de câncer no cólon.
Apesar da ampla presença desses produtos na dieta dos brasileiros, especialistas como a nutricionista Inarí Ciccone, mestre em Ciências da Saúde, reforçam a recomendação de evitar ao máximo o consumo. "O ideal é restringir ao máximo ou eliminar o consumo de carnes processadas da rotina alimentar", alerta.
A OMS destaca que o câncer é uma doença multifatorial: apenas 5% a 10% dos casos têm origem genética. Os demais são fortemente influenciados por fatores ambientais e comportamentais, como sedentarismo, tabagismo, obesidade, exposição solar sem proteção e alimentação inadequada.
O cenário é preocupante. Estima-se que, globalmente, ocorrem cerca de 19,9 milhões de novos casos de câncer por ano e 9,7 milhões de mortes. No Brasil, a projeção para 2025 é de 704 mil novos diagnósticos, com destaque para câncer de mama entre mulheres e câncer de pulmão entre homens.
Dicas para se proteger:
Conclusão:
A prevenção ainda é a melhor forma de combate ao câncer. Mudanças simples na alimentação e no estilo de vida podem representar um grande avanço na promoção da saúde e na redução de riscos a longo prazo.
Fonte: https://oconsumidor.com.br
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